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Comerciantes prevêem decréscimo das vendas para 2009

Por a 11 de Dezembro de 2008 as 2:00

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A grande maioria dos comerciantes lisboetas acredita que o Natal, uma das épocas mais importantes para as lojas, está este ano ameaçado pela “nuvem negra” da crise económica. 58% dos comerciantes acredita que as vendas deste Natal serão inferiores às do ano anterior. Para 2009 os prognósticos não são melhores.

Apenas cinco por cento dos comerciantes da Grande Lisboa acreditam que a facturação nesta época natalícia será superior à registada em 2007, enquanto 31% dos empresários acha que as vendas vão manter-se inalteradas e 58% acredita que o lucro será, em muito, inferior ao registado em 2007. Este é o resultado de um inquérito desenvolvido pela União das Associações de Comércio e Serviço (UACS) junto de 508 associados.

O inquérito apurou, ainda, que as previsões para o próximo ano também não são animadoras. A maioria dos comerciantes (55%) acredita que haverá uma descida das venda, enquanto 31% aponta para uma manutenção do nível da facturação. Apenas 11% dos inquiridos espera, em 2009, aumentar as vendas.

Um dos motivos para o negativismo quanto à expectativa de vendas para o próximo ano estão os resultados dos saldos efectuados este Verão. A maioria dos comerciantes (62%) afirmam que houve uma diminuição de vendas sendo que 75% destes assinalam uma diminuição na facturação acima dos 10%. Apenas 11% dos empresários referem ter vendido mais na época dos saldos do que no mesmo período de 2007.

Empresas investem menos em 2009

A baixa do lucro no presente ano conduziu a um menor investimento. Metade dos empresários do comércio e serviços fizeram investimentos no negócio, em que cerca de dois terços destes recorreu a capitais próprios.

Equipamento informático (22%), manutenção e conservação do estabelecimento (20%) e a remodelação do espaço (14%) foram as principais áreas em que foram exercidos os investimentos destas empresas.

Em relação a 2009, apenas 30% dos comerciantes tenciona investir no seu negócio. O recurso ao autofinanciamento vai, também, diminuir de 66 para 59% dos empresários.

“Apesar do ambiente de crise que se enfrenta, quase um terço dos empresários propõe-se arriscar o seu capital no desenvolvimento da actividade”, salienta a UACS.

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