Distribuição

Retalho, mas multi-canal

Por a 17 de Outubro de 2008 as 9:30

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O mais recente relatório encomendado pela Visa ao Centro de Pesquisa em Retalho de Nottingham (Reino Unido) conclui que a Internet irá ter um papel fundamental no futuro do retalho mundial

A World Wide Web – www – parece ser o conceito, forma ou palavra-chave para tudo o que envolva comunicação, marketing, vendas, publicidade, para não falar na música, vídeos ou filmes. Como não podia deixar de ser, o retalho não foge à regra e não seria possível aos diversos grupos mundiais ignorar esta ferramenta poderosa. Pelo menos é esta a conclusão a que chega o relatório da Visa “The Store of the Future 2012-2015” da Visa, encomendado ao Centro de Pesquisa em Retalho de Nottingham (CPR).

Segundo o estudo, os retalhistas ouvidos (foram inquiridos 300 representantes do médio e grande comércio em sete países europeus) revelaram que, em 2012-2015, cerca de 18,7% do total do seu volume de negócios será proveniente das vendas da Internet, admitindo que esta realidade terá grande impacto no número e tipologia de lojas a operar nesse período.

Uma mudança para lojas maiores, mas com uma redução no número de empregados e um aumento na prevalência dos pagamentos electrónicos e novas tecnologias como parte da experiência no interior da loja, são outras tendências a ter em conta. Além disso, práticas de comércio socialmente responsáveis, como a redução de embalagens, do desperdício e das emissões de carbono, tornar-se-ão substancialmente importantes como meios para encorajar o patronato e o diálogo entre comerciantes e clientes.

Em relação à dimensão de loja e sua localização, quase dois terços (62,5%) dos inquiridos indicaram a abertura de unidades maiores, com um renovado foco nos centros comerciais (43%) e retail parks (45%). No que diz respeito ao formato, mais de dois terços dos retalhistas (68,6%) admitiram inaugurar um novo formato de loja ao lado do já existente ou mesmo a substituir o formato com que operam, destacando-se neste capítulo os retalhistas do Reino Unido e Holanda, opondo-se os italianos e franceses.

Entre as restantes conclusões a que o estudo, incluem-se o facto de 70% dos comerciantes inquiridos considerarem que os seus websites serão transaccionais em 2012-2015, com 82% dos alemães a confirmarem esta tendência. 22% dos comerciantes dos sete países europeus esperam introduzir a digitalização automática de alguma forma até 2012-2015, com a Noruega (25%( e Reino Unido (22%) a mostrarem-se os mais entusiastas.

A adopção dos pagamentos electrónicos e outras tecnologias de pagamento avançadas tornar-se-ão uma condição necessária para compras controladas pelos consumidores, de acordo com 50% dos inquiridos.

O “The Store of the Future 2012-2015” refere ainda que a selecção da tecnologia de pagamento está profundamente dependente da loja. Contudo, cartões multi-aplicações, que combinam funções de pagamento (crédito, débito e fidelidade) foram considerados os mais prováveis para serem adoptados por 35% dos inquiridos, enquanto os pagamentos com telemóvel ficaram muito próximo, com 33%.
Finalmente, 41% dos comerciantes consideram disponibilizar meios electrónicos que ajudem as famílias a alimentarem-se de forma mais saudável, quer através do seu website, quer através de tecnologia no interior da loja.

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