Médias empresas apostam na globalização

Existe um grande fosso entre a necessidade de mudança das médias empresas e a capacidade de a gerir. Apesar disso, as empresas de média dimensão mostram-se optimistas em relação às oportunidades de crescimento. É a conclusão do recente estudo IBM Gobal CEO.

O International Business Machines (IBM) realizou 1130 entrevistas junto de directores executivos, líderes de empresas e do sector público, de 40 países. O estudo, intitulado “A Empresa do Futuro”, concluiu que várias dinâmicas de mudança são, actualmente, colocadas às empresas de média dimensão, mas existe uma enorme lacuna entre a necessidade de mudança e a capacidade de a gerir.

Outra conclusão é a de que as médias empresas, em especial as de mercados emergentes, estão optimistas em relação às oportunidades de crescimento e estão já a renovar os seus modelos de negócio para que se tornem mais competitivas. 86% das empresas prevêem mudanças substanciais embora apenas 57% foram bem sucedidas na última gestão.

As novas áreas de investimento, explica o estudo, estão direccionadas para o crescimento através da globalização, da optimização de serviços e do aumento de actividades de Responsabilidade Social e Empresarial (RSE).

Um total de 20% dos directores executivos planeiam investir na globalização nos próximos três anos e delinearam três acções que devem ser tomadas: concretizar mudanças profundas na sua capacidade, conhecimentos e activos (60%), estabelecer parcerias (54%), e entrar em novos mercados (51%).

Cerca de 22% dos directores planeiam, ainda, aproximar-se do “consumidor omnívoro” (mais informado e apto à colaboração) para estabelecer o posicionamento da empresa no mercado e criar valor de marca.

Os executivos concluíram que as expectativas dos clientes em torno da RSE estão a aumentar e, nesse sentido, planeiam aumentar em 34% os investimentos nesta vertente.