Distribuição

Portugueses admitem recessão económica

Por a 4 de Julho de 2008 as 2:00

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No mais recente estudo levado a cabo pela Nielsen, o Índice de Confiança dos portugueses registou uma quebra de 5%, posicionando-se como o terceiro país mais pessimista, atrás da Coreia e Japão. Para tal pesaram factores como o negativismo revelado pelos consumidores acerca do emprego, em que 52% classifica as perspectivas neste campo para os próximos 12 meses como más, bem como a indicação (60% dos inquiridos) de que as finanças pessoais não é positiva.

Quando questionados sobre se estamos actualmente a atravessar uma recessão económica, o Índice Nielsen de Confiança dos Consumidores a nível mundial conclui que os portugueses não têm dúvidas em relação a este aspecto, e oito em cada dez (82%) responderam afirmativamente.

Apesar de se encontrarem entre os mais pessimistas, os consumidores portugueses não são os únicos a não revelarem grande entusiasmo pelo futuro. A nível mundial, 56% dos consumidores ouvidos pelo inquérito online da Nielsen pensam que o seu país está em recessão neste momento e há vários anos que a confiança dos consumidores a nível global não descia a níveis tão baixos.

O último Índice de Confiança dos Consumidores Nielsen desceu para 88 – seis pontos abaixo nos últimos seis meses – a maior descida de uma só vez registada nos últmos três anos.

“A confiança dos consumidores desceu em 39 países nos últimos seis meses, com a Nova Zelândia, EUA e Letónia a registarem as baixas mais acentuadas”, afirmou David Parma, responsável mundial pelo Customized Research, The Nielsen Company. De entre os 39 mercados que registaram um declínio na confiança dos consumidores, 15 tiveram uma queda de dois dígitos. “Os últimos seis meses foram desde há várias décadas o período mais conturbado para a economia mundial. Quando os Estados Unidos espirraram no início da crise do sub prime há quase um ano – o resto do mundo rapidamente apanhou uma constipação. Nenhuma região ou país foi poupado ao efeito de dominó da crise norte-americana do sub prime e do crédito”.

Na Europa Ocidental, a maior queda na confiança dos consumidores registou-se em Espanha (desceu 16%) e no Reino Unido (desceu 15%). A nível global, nos últimos doze meses, a Espanha sofreu a maior queda na confiança dos consumidores, com uma descida de 24%. Contudo, houve outros países onde a confiança dos consumidores cresceu, como foi o caso da Holanda (+5%), Rússia, Polónia, República Checa (+3%), Brasil (+2%) e Bélgica (+1%).

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