Distribuição

Universo APED recicla mais 42%

Por a 3 de Julho de 2008 as 2:00

APED

As empresas associadas da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) aumentaram em 42% a reciclagem de resíduos face a 2006. Este valor representa cerca de 95 mil toneladas de resíduos.

No encontro com os jornalista realizado ontem, o novo presidente da APED, José Silva Ferreira, referiu que este aumento prende-se com “um reforço da sensibilização ambiental junto dos consumidores e à adopção de boas práticas ambientais por parte dos colaboradores, bem como à abertura de novas lojas”.

Silva Ferreira admitiu que “o objectivo não é reduzir, mas sim eliminar os resíduos”, salientando que “a visão que se tem actualmente das questões ambientais levam-me a crer que estes números irão melhorar no futuro”.

Certo é que, segmentando por tipo de resíduos, papel/cartão foram responsáveis por 71.390 toneladas, enquanto o plástico totalizou 7.245 toneladas. A fracção orgânica dos resíduos sólidos urbanos, por sua vez, ascenderam a 5.888 toneladas, madeira 2.928 toneladas e, por último, os REEE´s (resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos) ficarão com a quota menor, 1.419 toneladas.

No total dos resíduos gerados no ano 2007, revelaram os responsáveis da APED, cerca de 70% foram encaminhados para valorização, avançando José António Rousseau, director-geral da associação que os números referentes ao 1.º trimestre de 2008 indicam que “já ultrapassámos os valores totais de 2007”.

À parte das questões ambientais, José Silva Ferreira, que além de presidente da APED é também responsável pelas áreas operacionais do grupo Jerónimo Martins, deixou alguns recados acerca das várias temáticas envolvendo a Distribuição Moderna em Portugal.

Em relação à recente baixa do IVA, Silva Ferreira admitiu que “não tem significado, uma vez que na maioria dos operação do retalho alimentar, a baixa do IVA não terá qualquer repercussão”.

No que diz respeito à liberalização dos horários e com reunião agendada com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, Silva Ferreira foi peremptório: “vivemos num mundo competitivo e cada uma deveria poder decidir se abre ou não”. O novo responsável máximo da APED admitiu que, caso a decisão passe para as câmaras, tal como o PSD sugeriu, “cada um que se safe”, salientando que “qualquer dia o poder local tem poderes a mais”.

Deixando clara a posição da APED – livre concorrência – o presidente da APED admitiu que “a maioria dos políticos não conhece o terreno e por vezes tomam decisões que não são as mais acertadas”.

Outro assunto abordado na conferência de imprensa foi a questão das taxas de pagamento, “não tendo esta matéria tido o seguimento que queremos. As taxas praticadas são um abuso”, concluiu Silva Ferreira.

De referir que José Silva Ferreira assumiu a presidência da APED depois de Luís Vieira ter aceite um cargo na empresa de construção Nova Cimangola, detida por Isabel dos Santos (filho do Presidente de Angola) e Américo Amorim.

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