Pescadores patrulham lotas em busca de peixe espanhol
Desde as 01.00 de ontem que os pescadores estão a fiscalizar as principais lotas nacionais. O objectivo é garantir que não entra em lotas portuguesas peixe proveniente do mercado espanhol.
Depois de no último Sábado a lota de Matosinhos ter sido invadida por pescadores e armadores que destruíram todo o peixe que se encontrava no interior, Jaime Silva, Ministro da Agricultura, afirmou “ser inadmissível que pescadores e armadores se substituam à polícia. O ministro acrescentou que “este tipo de atitudes pode comprometer as negociações do Governo com os pescadores”.
O sector piscatório já garantiu que a partir de agora vai agir com mais serenidade mas afirma que a greve vai continuar até que o Estado lhes decida atribuir aquilo que consideram ser “maior justiça para com o sector”.
Recorde-se que os pescadores querem, entre outras exigências, gasóleo mais barato. Em 2003, o gasóleo pesqueiro custava por litro 30 cêntimos, custando agora, 77. Uma subida de 156,6%.
No Domingo, os pescadores de Quarteira, cidade algarvia, manifestaram-se empunhando cartazes a pedir soluções ao Governo, durante um evento, em Vale do Covo, onde Jaime Silva esteve presente. O ministro recusou falar com os pescadores, porém, assegurou estar agendada uma reunião com os responsáveis do sector.
Certo, para já, é que os pescadores vão, “a partir de hoje, patrulhar a lota de Matosinhos. Para hoje, a partir das 10 horas, está previsto também o início de patrulhas no porto da Póvoa de Varzim”, avançou ao Diário de Noticias José Luís Silva, coordenador da Associação de Armadores de Pesca do Norte.