APED desdramatiza greve dos pescadores
A greve de armadores e pescadores, que teve início às 00:00 de sexta-feira, não constitui motivo para alarme. José António Rousseau, secretário-geral da APED (Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição) defendeu em declarações à Lusa que as grandes superfícies de retalho alimentar têm várias fontes de abastecimento, convicto de que “há condições para ir continuadamente abastecendo o mercado”.
António Rousseau explicou, no entanto, que o preço poderá ser agravado, “aumentos que as grandes superfícies têm tentado esbater face às subidas de preços na origem”.
A Associação de Restauração e Similares de Portugal está menos optimista. Mário Gonçalves, presidente da instituição, receia que a falta de peixe afecte os estabelecimentos comerciais. Os restaurantes já estão em dificuldade devido à “crise económica” que está a atravessar o País, recorda. Mas, aponta soluções: optar por outras ementas, como o bacalhau e a carne. O aprovisionamento de peixe é outra hipótese a ter em conta.
A greve do sector das pescas, por tempo indeterminado, reflecte a contestação dos pescadores face ao aumento do preço dos combustíveis e às políticas europeias que afectam directamente Portugal. Segundo dados da ADAPI, a adesão é total por todo o País.