Distribuição

Hipers abertos ao Domingo terá impacto de 2.500 milhões

Por a 28 de Maio de 2008 as 2:00

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A liberalização dos horários nas grandes superfícies poderá ter um impacto directo na economia nacional na ordem dos 2.500 milhões de euros até 2017, avança um estudo realizado pela Roland Berger, encomendado pela Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) e apresentado ontem.

Esta previsão baseia-se nas estimativas de investimentos em várias unidades de retalho alimentar e não alimentar (350 milhões), criação de emprego directo (500 milhões) e indirecto (150 milhões) e nas receitas fiscais (1.600 milhões).

A actual proibição de abertura aos Domingos à tarde e Feriados, para lojas com mais de 2.000 metros quadrados de área condiciona o desenvolvimento da economia, do emprego e cria constrangimentos indesejados pelos consumidores, conclui o estudo.

O documento prevê também que a liberalização dos horários poderia contribuir com cerca de 8.000 novos empregos directos. Para os grupos de distribuição, esta mudança poderá representar mais 5 mil milhões de euros nas receitas e 450 a 500 milhões de euros no EBITDA.

António Bernardo, Managing Partner da Roland Berger, desvaloriza aquele que é um dos principais argumentos contra a liberalização dos horários: o impacto negativo sobre o comércio tradicional. De acordo com o estudo, as duas ofertas deverão ser complementares. O impacto da abertura das grandes superfícies ao Domingo e Feriados no pequeno comércio será mínimo, uma vez que a raíz do problema está na desertificação dos centros urbanos, níveis de preços pouco competitivos, menor variedade de produtos e horários limitados.

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