Aumento anual de 2% das quotas leiteiras poderá ser solução

Um aumento gradual em 1% ou 2% (por ano) das quotas leiteiras, até 2015, data prevista para a sua supressão, é uma das alternativas defendidas pelo estudo do Institut d’Economie Industrielle (IEI), financiado pela Comissão Europeia. Este poderá ser um modo de amenizar o processo de transição de forma a manter os “preços estáveis” permitindo um “ajustamento suave dos operadores” diz o estudo.

O instituto explicou que no cenário de corte das quotas sem aumentos consecutivos na produção até 2015,o efeito pode resultar numa queda de 10% nos preços do leite ao consumidor. O que terá como consequência um desequilíbrio entre os produtores dos 27 países e apenas beneficiarão aqueles que já são mais “competitivos/baratos”.

«Na ausência de quotas o leite recolhido aumentará 5%, o que provocará uma quebra de 10,3% no preço do leite ao produtor» explica o estudo acerca do impacto na UE da abolição das quotas leiteiras. O IEI refere ainda que a diferença entre aplicar um aumento progressivo e suprimir totalmente as quotas sem aumentos, está no tempo que tanto a recolha de leite como o preço tardarão a reagir. No entanto, no caso da supressão, sem preparação prévia, a variação será sentida praticamente em um ano.

Já para Portugal o estudo prevê que «caso se venha a optar por um aumento anual de 2% nas quotas de leite, a produção nacional acabará por cair, já que as quebras nos preços conduziram a uma queda da produção».