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EUA: preço dos alimentos sobe até 2010

Por a 28 de Março de 2008 as 2:00

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Os especialistas do Serviço de Investigação Económica (ERS) previram para 2008 um ano de recordes para a agricultura norte-americana. O rendimento agrário líquido vai situar-se em 60,9 mil milhões de euros, o que significa um recorde absoluto de todos os tempos, um crescimento de 12% face ao ano anterior. Segundo as previsões agrárias para este ano nos EUA apresentadas na conferência anual organizada pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).

A previsão para o preço das principais culturas apontam para a continuação de um aumento. A procura de milho para a elaboração de etanol também se vai manter em alta, contribuindo para a intensificação dos preços.

Em 2008 prevê-se que se plantem 36 milhões de hectares de milho nos EUA, o que supõe mais 0,8 milhões que a previsão feita em Novembro do ano passado. No entanto, o valor está abaixo da superfície plantada em 2007, 37,4 milhões de (ha).

No que se refere a outras culturas, prevê-se para o trigo um aumento de 6% na área plantada. Já a soja espera um crescimento de 11,5%. As superfícies semeadas com os oito principais cultivos norte-americanos: milho, soja, trigo, arroz, cevada, aveia e sorgo, aumentará 6,8% em comparação a 2007.

Quanto à exportação de produtos agrários a conjectura aponta que se alcance, este ano, um recorde de 64 mil milhões de euros. Caso se cumpram estas previsões, em 2008 as exportações singrarão o dobro do valor de há 10 anos atrás. O superavit agrário (excesso de receitas sobre as despesas públicas) no comércio exterior vai alargar consideravelmente, contando, no entanto, que as importações de produtos continuem em alta.

As importações calculam-se em 48,5 mil milhões de euros, com o que o superavit poderá chegar aos 15,5 mil milhões de euros.

De destacar o impacto que este cenário vai ter no comportamento dos preços dos alimentos. Segundo as previsões da repartição económica da USDA os preços dos alimentos, que cresceram 4% em 2007, voltem a aumentar em 2008 entre 3% e 4% e que a tendência de crescer acima da inflação se mantenha até 2010. De acordo com o responsável deste departamento, os preços das culturas são responsáveis por metade da subida de preço dos alimentos, enquanto que a outra metade é atribuída ao elevado preço das energias.

Já outras previsões são mais pessimistas. Um dos economistas da USDA, determinou que o mais verosímil é que o preço dos alimentos aumentem a uma velocidade de 7,5% até 2012 e acrescentou que a responsabilidade não está nos preços das culturas, mas sim em mão-de-obra, preparação, distribuição, gastos de publicidade e de marketing, bem como energias e transportes, entre outros.

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