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Preços nos produtos alimentares continuam a subir

Por a 25 de Março de 2008 as 2:00

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O ano de 2007 foi marcado pelo aumento dos preços em bens alimentares, nomeadamente os agrícolas, e o cenário em 2008 não será muito diferente. O trigo, arroz ou café têm valorizado no mercado e já se reflecte nos preços: as massas aumentaram 25% e o pão mais de 7%.

O aumento da procura nas populações das economias emergentes e a utilização destas matérias para a produção de combustíveis alternativos são as razões principais para este aumento dos preços.

De acordo com um apanhado feito pelo Jornal de Negócios, as grandes casas de investimentos mundiais fizeram prognósticos para este ano e será mais um ano de fortes subidas nos mercados de futuros, especialmente agrícola. A Schroders prevê uma subida de 50% dos preços destas “commodities”, devido à diminuição de colheitas e à maior procura pela economias emergentes à Ásia.

No entanto, há matérias-primas que aumentarão mais do que outras: o milho, o milho-trigo, o açúcar, café, soja e cacau são apontados como aqueles que terão um aumento maior.

Michael Lewis, responsável pelo research de matérias-primas do Deutsche Bank, indicou ao jornal que o milho e o trigo são os grandes investimentos para 2008. «O açúcar, o cacau e soja também são boas apostas, mas o milho e o trigo são as que têm maior liquidez e maior dimensão ao nível da produção», referiu.

Ainda de acordo com o Jornal de Negócios, o preço ao produtor do trigo em Portugal aumentou 33,5%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Esta subida ainda não se reflecte no preço ao consumidor, ainda assim o índice de preços no consumidor das massas aumentou 25% entre Janeiro de 2007 e o mesmo mês de 2008.

O pão está 7,6% mais caro. O preço do café ao consumidor também deverá subir 10% este ano, ficando, ainda assim abaixo da subida de 30% que a matéria-prima já valorizou. No leite, o preço das marcas de distribuição já passou dos 40/50 cêntimos para os 60 cêntimos, enquanto que nas marcas o consumidor já está a pagar mais três cêntimos )à volta dos 66/67 cêntimos).

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