Alimentos Preparados, uma opção saudável

São muitas as dúvidas que surgem em torno do tratamento, enchimento e embalagem dos alimentos preparados industrialmente. Na minha opinião, enquanto profissional de uma empresa alimentar com mais de cinquenta anos de história e com critérios de Qualidade muito rigorosos, estas dúvidas podem e devem ser esclarecidas.

Uma característica deste tipo de alimentos preparados e que suscita muitas dúvidas por parte daqueles que desconhecem o processo industrial, é poder não conter na sua ingredientação conservantes ou quaisquer outro tipo de aditivos.

A Compal, pioneira na implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, foi uma das primeira empresas em Portugal, no sector de Sumos, Néctares, Vegetais e Derivados de Tomate a obter a Certificação do Sistema de Qualidade pela Norma Internacional ISSO 9002:1994, e a terceira a nível do sector agro-alimentar.

Assim, continua a sua aposta na diferenciação qualitativa das suas leguminosas preparadas. Essa aposta passa por uma correcta informação aos consumidores das características nutricionais não só dos nutrientes que as leguminosas possuem mas igualmente da água contida na respectiva conserva.

As leguminosas são cozidas dentro da lata por um processo de esterilização em autoclave, que promove a cozedura do vegetal e permite prolongar o período de conservação em condições de segurança. É adicionado à conserva apenas água e sal e não são adicionados quaisquer tipos de aditivos nem conservantes.

Uma vez que este tipo de processo segue uma tecnologia já conhecida nas indústrias de conservas, a escolha da qualidade das matérias-primas é que faz de facto a diferenciação.

A nossa aposta passa por uma rigorosa selecção de matérias-primas compradas nos locais onde estas são produzidas com a melhor qualidade, e seguindo especificações rigorosas de qualidade.

Nestas especificações não são admitidos quaisquer contaminantes, é tida em consideração a ausência de resíduos de pesticidas e de substancias estranhas que possam por em causa a segurança alimentar, e tudo o que possa pôr em causa a qualidade organoléptica e nutricional da conserva final.

Para assegurar a manutenção destes padrões, estas leguminosas são de seguida sujeitas a uma rigorosa inspecção à recepção na nossa fábrica, e o processo de fabrico é permanentemente ajustado de acordo com o diferente comportamento que os vegetais possuem em função das condições que presidiram ao respectivo/s anos agrícolas.

É ainda de salientar o rigoroso controlo de qualidade a que o produto é sujeito durante o processo de fabrico e até chegar ao consumidor final. O objectivo final é conseguir fazer chegar ao consumidor durante o período de validade que foi definido para o produto todo o sabor e riquezas nutricionais de origem.

Água da cozedura pode e deve ser consumida
Uma vez que uma das principais utilizações deste tipo de alimentos preparados é na preparação das sopas, um dos esclarecimentos que se torna mais importante é o da utilização do soluto que se encontra na conserva – água da cozedura.

Esta foi a água onde o vegetal foi cozido e que é rica nos nutrientes próprios do vegetal, nomeadamente vitaminas e minerais.

Uma vez que muitos nutrientes das leguminosas são hidrossolúveis, ou seja, solúveis em água, eles são recuperados através da utilização da água que se encontra na conserva, pelo que de forma alguma ela deverá ser desperdiçada.

Do ponto de vista da indústria a opção por alimentos preparados, como as conservas de feijão, grão e ervilhas, é poder proporcionar ao consumidor um alimento com as características o mais semelhantes possíveis com as que teria através do processo caseiro de cozedura e sem os inconvenientes de passar pelas etapas inerentes à confecção dos mesmos tais como o tempo de remolho, a lavagem, a escolha e cozedura.

No limite pretendemos que possa ser inclusive melhor!!!

Elsa Carvalho, Direcção Técnica da Compal