Expectativas para vinhos de 2007 na Fladgate Partnership

Apesar de muitas regiões vitícolas europeias terem registado um ano difícil devido à elevada precipitação durante o Verão, a vindima na região do Douro apresenta «resultados excepcionais deixando antever uma declaração Vintage», refere a Fladgate Partnership, empresa familiar proprietária das casas Taylor's, Fonseca, Croft e Delaforce.

O director geral da Fladgate Partnership, Adrian Bridge, refere: «As condições meteorológicas durante a vindima são criticas para a qualidade final dos vinhos e em 2007 estas mantiveram-se ideais, até praticamente ao final da colheita. Estamos muito satisfeitos com a qualidade que emerge dos nossos 2007's». E acrescenta: «Apesar de ainda ser muito cedo para qualquer decisão este é sem dúvida o primeiro ano, desde 2003, com grande probabilidade de vir a ser um ano declarado».

De acordo com o comunicado emitido pela empresa duriense, «o período de crescimento foi precedido de um Inverno com bastante precipitação, que foi fundamental para encher as reservas de água no solo que estavam vazias fruto de quatro anos quentes e secos. O tempo durante o Verão não foi excessivamente quente mas houve sempre muita luminosidade, factor essencial que permitiu uma óptima maturação das uvas».

O enólogo chefe da Fladgate Partnership, David Guimaraens fez notar, por sua vez, que «as repletas reservas de água no solo favoreceram um saudável crescimento da videira com uma boa área foliar que possibilitou um uso pleno da luminosidade do Verão. A maturação ocorreu de maneira muito equilibrada em todas as nossas quintas e isso é evidente nos vinhos. Estes mostram uma excelente acidez, estrutura e um muito atractivo frutado».

De acordo com a empresa, a Touriga Francesa teve uma excelente performance em 2007, sendo que esta é uma casta muito importante para o Vinho do Porto pois confere estrutura, intensidade e aromas de grande complexidade aos vinhos. Esta é também a casta mais plantada pela Fladgate Partnership.

A única nota mais sombria no ano vitícola de 2007 «foi a pressão de míldio no início do Verão que causou consideráveis estragos nas vinhas onde não foram tidas as devidas precauções». Na Fladgate Partnership, bem como nos viticultores profissionais que fornecem uvas à empresa, foram accionadas medidas preventivas, não tendo sido afectados.

De referir que os vinhos de 2007 permanecerão no Douro até ao início do próximo ano. Depois, os melhores vinhos serão separados e reavaliados na Primavera de 2009, após terem passado o tradicional “teste” dos dois Invernos na madeira. Adrian Bridge conclui que, «se os vinhos passarem o “teste”, os apreciadores serão aconselhados a investirem nos vinhos do Porto de 2007, tanto mais que este não será um ano de referência noutra região vitivinícola europeia».