Conselho dos Notáveis
Terá a Sonae Distribuição ido sozinha a jogo na compra do Carrefour? A maioria dos “Notáveis” é dessa opinião. Além disso, são analisadas questões como o interesse no negócio do gás natural, venda de MNSRM online, os produtos “made in China”, saída da Pernod Ricard da ANEBE e, finalmente, as consequências da previsão de quebra para a campanha vitivinícola 2007/2008.1 A Sonae Distribuição adquiriu, em Julho passado, a operação do Carrefour em Portugal. Na sua opinião, a Sonae esteve sozinha ou foi a “jogo” com:
Ninguém. A Sonae Distribuição foi a única a avançar. 53.9%
Auchan. 35.9%
Jerónimo Martins. 7.7%
Os Mosqueteiros. 2.5%
2. Modelo Continente, Carrefour e Mosqueteiros manifestaram recentemente interesse pelo negócio do gás natural.
Alargar a oferta de combustíveis é sempre uma mais-valia e uma forma para angariar novos clientes. 73.8%
Esta hipótese não é economicamente viável. 2.4%
As frotas de autocarros e camiões serão as maiores beneficiadas caso o projecto se concretize. 7.2%
Há falta de postos de abastecimento de gás natural em Portugal e dificilmente este negócio tem “pernas para andar”. 16.6%
3. Farmácias, parafarmácias e operadores da Distribuição Moderna podem comercializar medicamentos de venda livre a partir da Internet já em Outubro. Esta medida:
É prejudicial para o consumidor, uma vez que na loja conta com aconselhamento técnico. 9.3%
Bastante positiva, sobretudo para aqueles que por vários motivos têm dificuldade em descolar-se até às farmácias ou lojas. 20.9%
Uma oportunidade de aumentar o volume de vendas destes produtos fora das farmácias, que ainda controlam 95% do negócio dos Medicamentos Não Sujeitos a Receita Médica. 65.2%
Pode ser perigosa, se as empresas não revelarem capacidade para assegurar a confidencialidade dos dados dos consumidores. 4.6%
4. Apesar das polémicas em torno dos produtos “made in China”, a Comissão Europeia pretende acabar com as medidas anti-dumping impostas à importação de lâmpadas de baixo consumo produzidas na China. Isso é:
Prejudicial para os produtores europeus, uma vez que os produtos chineses praticam preços muito baixos, tornando a concorrência desleal. 4.8%
Benéfico para o mercado, porque a produção europeia não é suficiente, por isso a importação é fundamental, caso contrário o mercado das lâmpadas economizadoras não cresce. 4.8%
Fundamental para os consumidores, porque a oferta produzida na Europa não satisfaz a procura, principalmente tendo em conta as questões ambientais que estão na ordem do dia. 26.1%
A Comissão Europeia deveria aplicar sanções a todos os países que não respeitem as regras e leis do trabalho (no caso específico da exploração de mão-de-obra barata) e incentivar os produtores europeus. 64.3%
5. A Pernod Ricard, 2.ª maior empresa de bebidas alcoólicas do mundo, saiu recentemente da ANEBE (Associação Nacional de Bebidas Espirituosas), apresentando como razões o valor das quotas cobradas, bem como o orçamento para a campanha “100% cool”.
Este é mais um exemplo da falta de associativismo em Portugal. 9.8%
Constituída por apenas 4 associados (além da Pernod estão presentes Diageo, Bacardi-Martini e PrimeDrinks) é difícil de entender como é que não existe entendimento quanto às estratégias seguidas. 34.1%
Não concordando com a estratégia da Associação, a Pernod, tal como outro associado, tem todo o direito em sair. 46.3%
É uma “guerra” entre associações do sector. 9.8%
6. Portugal poderá produzir menos 25 a 30% de vinho na campanha 2007/2008.
Esta situação é benéfica, não só para os produtores como para o próprio mercado, dado o excesso de vinho existente. 21.4%
É indiferente para o mercado. 4.8%
É prejudicial. Os produtores terão menos vinho para oferecer e, assim, menos capacidade para concorrer, principalmente nos mercados externos. 57.2%
Para o mercado interno poderá ser negativo, uma vez que, com menos vinhos, os preços tendem a aumentar. 16.6%
Fonte: Dados recolhidos e trabalhados pelo Jornal Hipersuper; Universo de 71 pessoas, 42 respostas