Distribuição

Oásis do Atlântico

Por a 29 de Junho de 2007 as 8:00

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O Brasil é um mercado com potencial, onde Portugal tem feito alguns investimentos, mas ainda existe um mundo de oportunidades para explorar

Azeite, bacalhau, vinho e pêras frescas são os produtos alimentares nacionais mais consumidos no Brasil. Cerca de 184 milhões de habitantes, o crescimento do PIB de 2,9%, o aumento do consumo privado em 3,8%, entre outros factores tornam este país num oásis para os investidores.

Nos últimos anos, Portugal tem apostado bastante em terra de Vera Cruz, tendo actualmente cerca de 650 empresas no país. Apesar disso, Portugal é apenas o 45º fornecedor do Brasil, com uma facturação de cerca de 234 milhões de euros no ano passado.

Em 2006, os produtos portugueses que mais chegaram ao Brasil foram, em primeiro lugar os “óleos vegetais”, principalmente os azeites, que cresceram 41% face ao ano anterior e representaram 25% das exportações totais. Em segundo lugar estão os minérios, cuja exportação triplicou face a 2005. Seguem-se os peixes (bacalhau), os vinhos, onde somos os maiores exportadores europeus, os óleos minerais e os bens de equipamento.

No entanto, existem alguns obstáculos à exportação para o Brasil, entre os quais as altas taxas aduaneiras, a tendência para a depreciação do real, demasiada burocracia na alfandega, principalmente na legislação e procedimentos de desalfandegamento, que podem provocar atrasos e prejuízos. Já para não falar na fraca imagem que os produtos portugueses no Brasil.

Porém, estes não são motivos para não os portugueses não apostarem no país irmão, uma vez que temos outras facilidades como por exemplo a língua. Rui Cordovil, do ICEP Portugal, deixa alguns conselhos para as empresas que queiram investir no outro lado do Atlântico. A participação em feiras é fundamental «para conhecer a mentalidade do brasileiro e sua forma de realizar negócios». Tratar o mercado de uma perspectiva federal, «o país é enorme e é muito difícil arranjar um distribuidor que abranja o país todo». Ter a preocupação de exportar produtos de elevada qualidade, «porque o consumidor brasileiro está a ficar cada vez mais exigente». Antes de a mercadoria ser despachada, devem ser verificadas as regras em vigor, avaliar a adequação do uso do euro em alternativa ao dólar, escolher um bom parceiro profissional é fundamental, assim como ter um representante por federação.

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