Distribuição

Elite empresarial elege imagem e boa reputação

Por a 15 de Junho de 2007 as 8:00

 responsabilidade

Numa altura em que a Responsabilidade Social das Empresas (RSE) está na ordem do dia, as mesmas procuram justificar a sua contribuição através de uma melhoria na relação com todos os meios e sectores envolventes: colaboradores, clientes, fornecedores, accionistas, comunidade em geral
De acordo com um estudo publicado na edição deste ano do UPS Europe Business Monitor, a melhoria da imagem institucional lidera os esforços efectuados pelas empresas para contribuir para a RSE, fazendo valer os testemunhos de metade dos gestores de topo entrevistados (49%).

Paralelamente, atrair e manter pessoal qualificado surge como o segundo impulso mais referido, tendo 43% dos inquiridos mencionado que a RSE contribui para que a empresa se torne mais apelativa para os funcionários actuais e futuros. Um terço dos entrevistados (33%) indica que se esforçam para dar uma vantagem competitiva às suas empresas sempre que estão implicados motivos ou iniciativas de RSE.

Apesar da RSE não se relacionar apenas com a imagem, o factor de boa reputação é também bastante reconhecido, sendo que 38% dos inquiridos indicam que a vontade de contribuir de forma positiva junto da comunidade é um dos maiores impulsionadores. Contudo, uma percentagem surpreendente (6%) afirma que a necessidade de cumprir e respeitar a legislação, tal como os padrões do sector, é a principal razão para a sua participação na RSE.

Os empresários alemães são os que mais encaram a boa reputação como o grande motor da RSE com os resultados a apontarem para 66%, revelando um valor bem superior à média europeia (49%). Em Espanha, a tendência é seguida de perto com uns expressivos 54% a atribuírem maior relevo à imagem da empresa, assim como é notória a forte motivação no contributo para a comunidade (49%).

Também em Itália os empresários mostram-se socialmente inclinados (46%), não obstante, a maioria (48%) considera que que a RSE lhes fornece uma vantagem competitiva a nível de mercado. Tanto em França como nos Países Baixos os gestores afirmam que «o maior impulso se relaciona directamente com o cumprimento da legislação e necessidade de corresponder às exigências do sector» (49% e 36%, respectivamente). Ainda assim, um número bastante próximo considera muito importante a melhoria da imagem (47%), assim como a atractividade aos funcionários (47%). Os empresários em França e nos Países Baixos não revelam grande preocupação com o contributo para as suas comunidades, com apenas 20% e 25% dos inquiridos a referir que tal representa uma motivação crucial.

Satisfação no local de trabalho
O “bom ambiente” e a satisfação no local de trabalho e pelo trabalho a efectuar, são sempre factores a ter em conta uma vez que beneficiam a interacção laboral que influi positivamente na produção. Os resultados deste estudo provam isso mesmo, revelando que «a satisfação do trabalho representa uma motivação extra para os empresários na Europa». O desafio intelectual, os funcionários com quem se trabalha e a perspectiva de crescimento no negócio aparecem como os principais impulsionadores para os empresários: o estímulo cerebral, indicado por 45% dos inquiridos, lidera o inquérito, logo seguido pela rede de contactos sociais com 42% e o crescimento do negócio com 37%. Entretanto, entre os factores menos motivadores encontram-se o facto de serem reconhecidos como figuras conceituadas no sector (15%), a remuneração (13%) e o poder e/ou responsabilidade que está inerente ao cargo que ocupam (9%).

Em Itália, França e Reino Unido, os empresários são mais impulsionados pelo estímulo intelectual, com os valores do estudo a registarem 53%, 50% e 49%, respectivamente. Bélgica e Espanha revelam o crescimento da empresa de extrema importância, constituindo a prioridade para os gestores (47% e 44%, respectivamente), enquanto que na Alemanha os empresários retiram um maior proveito do trabalho em equipa (51%).

Ainda que, em termos globais, a remuneração é importante para apenas 13% dos empresários europeus, um quinto (21%) dos empresários espanhóis afirma trabalhar arduamente com vista a uma maior remuneração.

Os empresários italianos são os que mais se vangloriam por serem vistos como figuras importantes, com um resultado de 27% nas respostas, ao passo que, nos Países Baixos (3%) e Reino Unido (7%), os seus homólogos se mostram bem mais modestos ao reconhecimento no sector. Estes países são, também, os que mais se preocupam com a orientação dos funcionários e com o surgimento de novos talentos (Reino Unido: 22%, Países Baixos: 21%).

Os dados mencionados são apenas alguns dos resultados, anunciados pela 16ª edição do UPS Europe Business Monitor, de um conjunto de vários temas sobre os quais 1.450 gestores de sete países europeus foram inquiridos.

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