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Carnes com boas perspectivas para 2007

Por a 1 de Junho de 2007 as 16:00

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As empresas do sector das carnes bovina e suína auguram um 2007 positivo no que diz respeito às vendas dos seus produtos. A tendência é de crescimento e abertura a outros mercados face à procura emergente de novos países. Contudo, segundo o INE, o crescimento é mais acentuado no segmento da carne de porco

Numa análise centrada no mercado das carnes em Portugal, nomeadamente nos sectores bovinos e suínos, o balanço do ano de 2006 foi classificado como positivo, no que diz respeito ao crescimento das vendas.

Sondada pelo Hipersuper, a empresa Carnalentejana (produtos de Raça Alentejana), aponta, a nível da carne de porco, um crescimento de 15%, face a 2005. «O total de vendas subiu 25% em relação ao ano anterior», anuncia a empresa responsável pela comercialização de produtos como carne embalada em vácuo e em atmosfera protectora, em embalagens individuais sob a forma hambúrguer, carne picada, almôndegas e salsichas.

Para a Carnalentejana, o mercado de carne certificada com Denominação de Origem Protegida (D.O.P.) tem tendência para o crescimento, tendo como exemplo a emergente existência de procura por parte de países mais pequenos, como o Luxemburgo, não excluindo os já habituais importadores. Também a Sopexa, responsável pela promoção da carne de bovino francesa no nosso País, partilha da previsão de crescimento de mercado face à subida de vendas do sector de produtos já preparados e vendidos em pequenas porções.

Para dar seguimento aos seus produtos, ambas as empresas preferem as grandes superfícies comerciais (hipermercados), reconhecendo a importância do mercado da Distribuição Moderna, classificando-o mesmo como o «mercado por excelência para este tipo de produtos».

Principal marcado: Espanha
Tendo como base uma análise mais concreta, e segundo os dados editados no Boletim Mensal de Agricultura, Pescas e Agro-Indústria do Instituto Nacional de Estatística (INE) em Fevereiro de 2007, o peso limpo do gado abatido e aprovado para o consumo público atingiu cerca de 36 mil toneladas, significando um aumento de 5,3% em comparação com o mesmo mês em 2006.

Relativamente aos sectores do gado bovino e suíno, também para Fevereiro de 2007, os valores apresentam um peso limpo de 6.540 e 28.303 toneladas, respectivamente. Estes dados, em número de cabeças, equivalem a 27.419 no sector do gado bovino e 411.436 no gado suíno. Para o mesmo período no ano anterior, o INE apresenta o número de cabeças do gado bovino em 33.733 e de 374.707 para o suíno, registando-se uma descida em 2007 no primeiro sector e exactamente o inverso no segmento suíno. Comparativamente a 2007, o peso limpo destes sectores no ano passado era de 8.051 e 25.170 toneladas para gado bovino e suíno respectivamente, sendo, mais uma vez verificada uma descida na pesagem do gado bovino face à subida do outro sector em análise.

No que diz respeito ao número de animais abatidos, quando comparado a Fevereiro de 2006, registou–se um acréscimo no abate dos suínos (+9,8%) e manteve-se a quebra nos bovinos com um decréscimo de 18,7%.

No que concerne às entradas de carne de vaca no nosso País, em 2006, Portugal teve como maior exportador de carnes frescas ou refrigeradas a Espanha com uma massa de entrada de 37,9 milhões de quilos, o equivalente a 125,8 milhões de euros gastos na compra das carcaças. De acordo com o INE, até ao momento ( Janeiro de 2007), os números da exportação de carne bovina, fresca ou refrigerada, espanhola para Portugal estão na ordem dos 3,1 milhões de quilos, o que corresponde a um investimento de 11,3 milhões de euros.

A exportação de carne de animais de espécie bovina congeladas em 2006, para Portugal, foi também liderada por Espanha que nos fez chegar cerca de 7,1 milhões de quilos de carcaças, cerca de 26,5 milhões de euros pagos pela entrada neste sector de mercado. Até ao momento (Janeiro de 2007), Espanha continua ainda a ser o maior exportador de carne bovina para Portugal. Segundo o INE, o país vizinho enviou 6,3 mil quilos de peças, o que representa 2 milhões de euros.

Até à data, o país que mais exporta carne de espécie suína (fresca, refrigerada ou congelada) para Portugal é, também, o país vizinho. Os dados do INE apontam para um total de 8,7 milhões de quilos que representam à volta de 15,5 milhões de euros. Logo de seguida, destaca-se a França com um volume de exportação bastante mais baixo e a atingir apenas os 2,4 mil quilos, um custo de 412,5 mil euros.

No ano passado, Espanha somou um total de 10,7 milhões de quilos de carne de porco enviados para Portugal, sendo o valor em euros de 211,8 milhões. França totalizou 2,2 milhões de carcaças enviadas para terras lusas, algo como 4,5 milhões de euros.

Exportação reduzida
Os níveis de exportação nacional de carne bovina são bastante mais baixos quando comparados com outros países da União Europeia e não só. Exemplos disso são os valores de 2006 que reportam como total mais elevado de saídas de carne bovina (fresca ou refrigerada) as exportações para Espanha com um total 3,9 mil quilos, representando um encaixe 1,3 milhões de euros. Em 2007, estamos apenas a exportar para Espanha tendo já atingido 119 quilos de carcaça bovina com um retorno de 34,6 mil euros.

Angola foi o maior importador de carne bovina congelada portuguesa, em 2006, com as entradas a registarem 101 mil euros para Portugal relativos a 525 quilos de carcaças. Até à data de publicação dos últimos dados do INE, para 2007, o Reino Unido era o destino da maior parte de carne de vaca congelada com os valores a situarem-se em 60 quilos, 24 mil euros.

No sector das carnes de porco, a nível de saídas em 2006, o principal destino foi Espanha que importou 1,5 milhões de carcaças suínas. Para este ano, o mesmo país já lidera a exportação portuguesa de carne suína com 135 quilos recebidos, 196 mil euros.

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