Distribuição

Mosqueteiros apostam forte na carne

Por a 18 de Maio de 2007 as 8:00

A estratégia do programa Agro do Grupo Os Mosqueteiros para 2007, é o sector da carne. Fausto Fernandes, presidente do grupo, prevê que as parcerias desenvolvidas com os produtores de carne dupliquem o volume de negócios do programa«Já tínhamos algumas pequenas parcerias neste âmbito, mas a maior parte da matéria-prima era proveniente de França. Vamos inverter esta estratégia e definimos como meta até ao final do ano 26 milhões de euros para este sector», disse o presidente do Intermarché, em conferência de imprensa que assinalou a assinatura da cooperação estratégica entre o grupo e o Ministério da Agricultura, assim como as 14 novas parcerias que o Intermarché celebrou com produtores nacionais. A missão do Governo é seleccionar os «produtores mais profissionais, que respondem às exigências em matéria de segurança e qualidade alimentar e pô-los em contacto com o Intermarché», sublinhou Luís Vieira, secretário de Estado adjunto da Agricultura. «O acordo vai permitir comercializar 50 mil toneladas de produtos e gerar um volume de negócios próximos dos 58 milhões de euros», estimou o responsável do Governo. O programa Agro teve início em 1999. Actualmente, conta com 80 produtores e movimentou 24 milhões de euros no ano passado, dividido em três filiais (fruta e legumes, charcutaria e queijo). Além da carne, a empresa francesa de distribuição desenvolveu parcerias com três produtores da área do peixe. O grupo estima que o programa cresça na totalidade 140% até ao final do ano, impulsionado por estas duas novas áreas de negócio.

O projecto de internacionalização dos produtos Agro está na forja. Brasil, Espanha, França, Bélgica, entre outros países onde o grupo francês está presente, já foram contactados pelo Intermarché. Fausto Fernandes acredita que não vai ser tarefa fácil, mas tem uma certeza: «a qualidade dos nossos produtos vai permitir penetrar nesses mercados». Segundo Luís Vieira, «este casamento entre produtores e distribuição são o caminho a seguir», sublinhando que os protocolos estratégicos, inovadores e que trabalhem «numa lógica de fileira», terão o apoio do Governo.

O Ministério da Agricultura vai disponibilizar, aliás, no próximo quadro comunitário uma verba de 2 mil milhões de euros com dois objectivos principais: «reforçar a competitividade» e a expansão para mercado internacional. O investimento é direccionado para as explorações agrícolas, através de candidatura, cujo apoio abrange 75% do investimento a fundo perdido.

Luis Vieira deixa ainda um alerta aos empresários: «Apoiaremos estratégias bem definidas, estudos sobre potenciais mercados externos, abertura de escritórios nesses países e recursos humanos qualificados».

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