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CML e Biocoop em «guerra» há cinco anos

Por a 27 de Junho de 2006 as 17:18

A Biocoop, cooperativa de produtos biológicos, aguarda há cinco anos a cedência de um terreno por parte da Câmara Municipal de Lisboa (CML) para abrir uma loja de maior dimensão e com melhores instalações.

Actualmente, é num pequeno barracão, com 500 metros quadrados, cedido pela autarquia de Loures, que a Biocoop faz o seu negócio. Em troca, e de forma a servir os interesses dos todos os cidadãos, a CML pede à Biocoop que altere os seus estatutos, nomeadamente que termine com a exigência que só os associados podem fazer compras de forma sistemática na loja, uma vez que os não associados podem efectuar as compras apenas três vezes.

No entanto, esta é uma solução que não serve os interesses da cooperativa, uma vez que ainda não detém local «para construir um espaço maior e melhor», explica Ângelo Rocha, gerente da cooperativa, ao Diário de Notícias. A Biocoop garante que altera os estatutos quando lhes derem o terreno prometido há cinco anos, até porque o objectivo é «banalizar os produtos biológicos e fazer com que estes sejam acessíveis a todos».

A cooperativa, que já tem 2.500 famílias associadas, tem alguns projectos em carteira, como, por exemplo, a construção de um centro de documentação com oito mil livros sobre a agricultura biológica ou a implementação de «um projecto de concepção ecológica, bioclimática e de utilização de energias renováveis».

Segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural e de Hidráulica, no final de 2005 existiam 2.160 operadores de agricultura biológica em Portugal, facto que comprova o interesse dos agricultores nacionais por este tipo de agricultura.