Tec & Log

Soluções de segurança

Por a 11 de Maio de 2006 as 18:41

ADT

Empresa multinacional, pertencente ao Grupo Tyco International, o lema e objectivos da ADT Portugal passam por “satisfazer todas as necessidades de segurança dos clientes”. Oferecendo soluções à medida de cada necessidade, os responsáveis apontam para uma evolução do software em detrimento do hardware como passos lógicos.

Pertencendo ao universo da Tyco International, a ADT iniciou a sua actividade em Portugal sob a designação comercial Sensormatic, incorporando a partir dessa data uma vasta gama de produtos de controlo de acessos, CCTV e protecção electrónica de artigos contra a furto, possibilitando assim, “oferecer soluções globais aos nossos clientes”, refere João Ribeiro, director comercial da ADT Portugal.

Na realidade a segurança evoluiu de uma forma estrondosa nos últimos anos, “passando a existir uma consciencialização dos decision makers dos vários sectores de actividade relativamente à importância das várias soluções apresentadas ao nível da segurança. Aliás, actualmente, não se fala somente em sistemas de segurança, mas em soluções de gestão, deixando de funcionar somente como ferramenta contra o furto, mas como uma mais-valia que proporciona ao cliente um instrumento para gerir o seu negócio, bem como avaliar os índices de produtividade”.

Controlar o furto

A segurança assumiu em pouco tempo um papel de relevância inquestionável em todo o mundo. A crescente importância levou a que os clientes procurem, cada vez mais, novas soluções de segurança, orientadas não apenas para a prevenção e erradicação do delito/furto, mas que permitam para além disso, aumentar a eficácia da gestão dos seus riscos individuais e corporativos, reduzir custos e melhorar a sua eficiência. É neste universo que a ADT propõe diversas soluções para os sectores da alimentação, farmácia, pronto-a-vestir, música, bebidas e desporto, entre outros. Soluções como o CCTV (circuito fechado de televisão), alarmes de intrusão, protecção electrónica de artigos (EAS), etiquetagem na origem, controlo de acessos ou identificação via rádio frequência (RFID), fazem actualmente parte do vocabulário de qualquer gestor nas mais diversas áreas.

“Portugal tem acompanhado a evolução destas tecnologias”, admite João Ribeiro “e hoje qualquer hiper ou supermercado, loja de roupa ou de música possui soluções diversas que passam desde a prevenção do furto, com etiquetas “inteligentes, até à gestão dos fluxos de caixa”.

Presente em toda a Distribuição Moderna em Portugal, João Ribeiro revela que os responsáveis pelas insígnias mantêm-se informados relativamente às soluções existentes no mercado, “não só através da visita a feiras, como pela própria pesquisa efectuada nos websites das empresas que oferecem este tipo de soluções”. Carrefour, Auchan, Intermarché, Minipreço, Sonae, FNAC, Worten, fazem parte do portfólio de clientes da ADT Portugal, referindo o director comercial da empresa que “as necessidades e soluções para cada formato terão de ser obrigatoriamente diferentes”.

Enquanto na Moderna Distribuição os artigos mais “procurados” pelas mãos alheias são as lâminas de barbear, no retalho especializado, os produtos mais furtados são os CD´s, DVD´s, leitores Mp3 e tinteiros. “O português tem o hábito de querer tocar no artigo antes de o adquirir”, revela João Ribeiro, adiantando que “nos casos em que os artigos estão expostos atrás de vidros, os artigos não saem”. Ora para se vender os artigos é necessário garantir a segurança dos mesmos e aí entram em campo as várias soluções apresentadas pela ADT Portugal (ver caixa).

Soluções futuras

Apesar do preços de algumas destas soluções ainda constituírem um investimento muito avultado para algumas empresas – refira-se que uma etiqueta RFID tem hoje um preço a rondar os 50 cêntimos – o director comercial da ADT Portugal está convencido de que os preços terão de baixar. “A redução terá de colocar os preços das etiquetas entre os cinco e dez cêntimos, de modo a possuírem uma aplicabilidade massiva”.

Quanto à evolução destas tecnologias e soluções, João Ribeiro admite que a evolução mais radical já terá acontecido. “A colocação de software nas tecnologias de segurança foi um passo decisivo. Antigamente, colocavam-se somente umas antenas, designadas “stand alone”. Hoje, as antenas têm um software agregado. Antigamente as imagens eram gravadas numa tradicional cassete, hoje temos um computador, tudo gravado em disco rígido para a informação ser mais célere. No controlo de acesso, evoluiu-se muito a nível de software, com os cartões de acesso de proximidade”.

Assim, não é de estranhar que, na opinião do responsável pela ADT em Portugal a maior evolução irá acontecer no software e não tanto no hardware. “Hoje o hardware é um mero acessório. Será o software a efectuar o trabalho de gestão, a criar informação que depois terá de ser trabalhada e por isso, quando ouço dizer que estas tecnologias vieram ou vêm retirar postos de trabalho, não posso estar em maior desacordo. São necessárias pessoas para trabalhar a informação gerada por estas soluções. Existe um trabalho de follow-up que terá de ser realizada, senão não vale a pena uma empresa estar a investir nestas tecnologias”, salienta João Ribeiro.

O primeiro trimestre de 2006 foi, aliás, ávido em novidades apresentadas pela ADT: desde da certificação pelo Laboratório Europeu de Testes de identificação por radiofrequência, atribuindo à ADT o EPCGlobal, ao lançamento do Enhanced Operations Software (EOS), uma solução de software que permite aos leitores inteligentes RFID, como o Sensomatic Agile 2 Reader, realizarem funções além das suas capacidades básicas, passando pelo lançamento do novo sistema de gestão de vídeo digital baseado em protocolo de Internet, até ao às soluções XBR e Smart EAS.

No que diz respeito ao futuro da ADT Portugal e tendo em consideração que a empresa registou crescimentos entre os 15 e os 20 por cento nos últimos cinco exercícios, tanto em volume como em valor de negócios, os objectivos traçados para 2006 passam por manter a fasquia de crescimento na mesma ordem. “Apesar de sermos um País pacífico e de brandos costumes, a necessidade de segurança é cada vez mais efectiva. Por outro lado, Portugal é ávido de tecnologia e quer estar sempre na primeira linha”.