Bebidas

Central promete inovar mensalmente

Por a 17 de Janeiro de 2006 as 18:37

Alberto da Ponte, administrador delegado da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, prometeu que a empresa «irá lançar, pelo menos, um novo produto no mercado a cada mês durante o exercício de 2006», assegurando igualmente que «qualquer uma destas novidades será geradora de valor». A “confissão” foi divulgada durante um almoço com os jornalistas no qual a Central aproveitou par dar a conhecer a sua mais recente novidade: a Sagres Bohemia 1835, numa edição limitada de um milhão de garrafas que evoca o ambiente conventual da produção de cerveja por monges. A nova referência aproveita o capital de prestígio conseguido pela “irmã mais nova” Bohemia, que desde Abril de 2005, altura em que foi apresentada ao mercado, vendeu 12 milhões de litros, ultrapassando largamente as previsões iniciais que apontavam para a comercialização de nove milhões de litros.

O mesmo responsável, apelando à portugalidade inequívoca das marcas Sagres e Luso, que constituem «os dois nomes mais portugueses ao nível das marcas de grande consumo», revelou ainda a performance da empresa durante o ano transacto, destacando-se a evolução de quota em valor de 38,7 para 40,8 pontos percentuais, resultado que, de acordo com o administrador, se deve em grande parte aos novos produtos apresentados durante o exercício. A Sagres, onde a Central está a concentrar os esforços de inovação e comunicação, detém agora uma participação de mercado de 37,6%, mais três pontos do que no ano anterior, revelou ainda Alberto da Ponte.

O objectivo da Central passava pela conquista de 1 a 1,5 pontos percentuais de quota ao ano, o que levou a administrador a comentar que, face aos números Nielsen agora revelados, dispõe já de um ano de vantagem para gerir os níveis de penetração da empresa. Em acréscimo, Alberto da Ponte salientou ainda que a Bohemia foi um êxito para a Central mas igualmente para os clientes, na medida em que constitui uma propostas que traz valor ao mercado. Esta postura, aliás, faz parte da filosofia imprimida durante o exercício, com a Central a «recusar entrar em guerra de preços».

Já nas águas, a Luso também evoluiu favoravelmente, conquistando 1,8 pontos, o que a coloca com uma quota de 14%. O sector de águas da Central ocupa agora uma posição de 14,7% do total de mercado, face aos 13,9 pontos contabilizados no final de 2004. Voltando às cervejas, é de referir que a Sagres branca consegue agora 32,5% do mercado, enquanto a preta atinge uma quota de 3,0 pontos. A Bohemia vale 1,3% das vendas de cerveja e a Zer0% atinge 0,8%. A companhia colocou no mercado 247 milhões de litros de cerveja, contra 225 milhões no ano anterior.

Os mercados externos, onde a Central concentra esforços nas comunidades lusófonas, também alavancou os resultados, na medida em que as cervejas cresceram 13% e as águas nada mais nada menos do que 40 pontos. A exportação já representa 12% da facturação anual da companhia, numa vertente que se tem manifestado particularmente rentável nos mercados europeus, por contraponto com maior moderação nos Palop devido aos inevitáveis custos logísticos.