União Europeia eliminou 123 barreiras comerciais para empresas da Europa
O protecionismo aumentou no último ano. Os principais responsáveis pelo recrudescimento das barreiras ao comércio são a China, Estados Unidos, Índia e Argélia, segundo a última edição do Relatório às Barreiras ao Comércio e ao Investimento da Comissão Europeia.
Em resposta ao crescimento das medidas protecionistas dos países não pertencentes à União Europeia, os esforços da Comissão Europeia permitiram a eliminação de 123 barreiras ao comércio desde o início do mandato. O que permitiu que as empresas europeias exportassem 8 mil milhões de euros a mais durante o período, segundo o documento.
“No contexto complexo que temos hoje com um número crescente de tensões comerciais e medidas protecionistas, a UE deve continuar a defender os interesses das suas empresas nos mercados globais. É de maior importância garantir que as regras existentes sejam respeitadas. Graças às nossas intervenções bem-sucedidas, 123 barreiras que impedem as oportunidades de exportações da UE foram removidas desde que assumi o cargo no final de 2014”, afirma Cecilia Malmström, comissária europeia responsável pelo Comércio
Entre as medidas eliminadas constam as restrições chinesas sobre as importações de produtos bovinos e ovinos, as medidas anti dumping russas aplicáveis a veículos comerciais ligeiros e as restrições à utilização de aditivos autorizados no vinho e bebidas espirituosas no Japão.
As barreiras incidem sobre setores exportadores importantes, como a agricultura e pescas, automóveis, têxteis e couro, vinhos e bebidas espirituosas, cosméticos, entre outros.
O documento identifica 45 novas barreiras comerciais implementadas, em 2018, em países fora da União Europeia. Este valor faz aumentar para 425 as medidas de entrave ao comércio em 59 países.
A China e a Rússia são os países que contam com maior número de restrições, mantendo 37 e 34 medidas, respetivamente.