As melhores estratégias de vendas no Black Friday, segundo a Nielsen

Com o black Friday a aproximar-se e analisando o impacto do preço e das promoções sobre o comportamento dos consumidores, os retalhistas devem ter em conta vários aspetos para exponenciarem as suas vendas neste período.

Num país em que 46% das vendas de bens de grande consumo são feitas em promoção e em que apenas três por cento dos consumidores assumem que raramente as promoções influenciam a sua escolha de marcas, a Nielsen aconselha as insígnias a adotarem promoções de “forma estratégica e que visem à experimentação ou à compra de produtos premium, que tragam valor à categoria.

“É importante desviar o foco das guerras de preço e das promoções indiscriminadas, na medida em que os consumidores estão até dispostos a pagar mais por produtos que lhes tragam benefícios, tais como a qualidade ou o facto de serem considerados saudáveis, inovadores ou convenientes”, refere Mafalda Silva Ferreira, client development manager da Nielsen.

Além disso, afirma a responsável, o “mercado deve focar-se numa boa estratégia de preço”. “A definição do preço deve estar alinhada não só com a estratégia comercial de cada marca e retalhista, como também com a própria zona geográfica, com o produto ou serviço oferecido, com o valor acrescentado que este lhe pode trazer e com a oferta concorrencial”, explica.

A responsável da Nielsen alerta ainda que os portugueses estão atentos às alterações de preços, apesar de serem os consumidores europeus que têm menos conhecimento dos preços dos produtos. “Num contexto de atividade promocional tão forte, os portugueses acabaram por perder a noção do preço regular, reagindo especialmente ao preço riscado. Mesmo não sabendo o preço regular de cada produto, procuram as promoções e reparam nas alterações de preço”, defende a responsável.

Daí a importância da transparência dos preços, uma vez que o comprador dispõe de inúmeras ferramentas que lhe permitem a comparação de preços.