Herdade Maria da Guarda investe €5 milhões para aumentar produção de azeite

Num ano em a Península Ibérica foi severamente afetada pela seca, o setor do olival no Alentejo conseguiu resistir, tendo algumas casas agrícolas registado mesmo melhorias de produtividade. A performance deve-se aos investimentos privados realizados na última década em estruturas de rega mas também à pressão da procura de azeite nos mercados internacionais que fez crescer o preço do azeite. É o caso da Herdade Maria da Guarda, localizada no Alentejo, que alcançou na campanha deste ano um novo recorde de produção: 2,01 milhões de quilos de azeite.

A produção é totalmente dedicada à exportação. Os italianos absorvem a maior parte da produção. Apesar de ser o maior exportador de azeite embalado do mundo, Itália tem registado sucessivas quebras na sua produção própria.

“A Associação de Olivicultores do Sul, da qual a Herdade Maria da Guarda faz parte, deverá ter registado entre os seus associados um valor recorde superior a 250 milhões de euros de produção na presente campanha”, afirma Cortez de Lobão, accionista da Casa Agrícola Cortez Lobão, dona da Herdade Maria da Guarda.

Cortez de Lobão, accionista da Casa Agrícola Cortez Lobão, dona da Herdade Maria da Guarda

Para a presente campanha, a Herdade efetuou um novo ciclo de investimento avaliado em cinco milhões de euros: comprou novos terrenos, plantou 120 mil oliveiras aumentando o olival para 1,3 milhões árvores e na aquisição de uma máquina “apanhadora cavalgante” e de dois novos tratores, além da contratação de novos colaboradores.

Este novo investimento “vai-nos permitir aumentar o olival, beneficiar diretamente a produtividade e a rapidez com que apanhamos a azeitona e a transportamos para o lagar, preservando a qualidade da azeitona, e aumentar a eficiência da capacidade instalação do lagar”, conclui João Cortez de Lobão.