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Análise da Kantar Worldpanel. Conveniência leva donos à procura de pet food nas lojas da distribuição moderna

Por a 2 de Dezembro de 2016 as 15:54

Análise da Kantar Worldpanel

No último ano móvel a terminar em Junho de 2016, Portugal reforça-se como um país “pet-friendly” onde 52.7% dos lares portugueses já contam com presença de animais de estimação. Esta tendência é crescente nos últimos anos recaindo a preferência pelos cães (70.6%) e logo de seguida os gatos (63.5%).

Estes lares tornam-se, face ao que foi verificado em 2015, menos assíduos nas compras de pet food, apenas 13 dias por ano e, embora estejam a gastar menos, quando compram levam mais quantidade nas suas cestas.

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De forma geral, os hábitos de pet food não se alteram muito, já que a alimentação Seca continua a dominar a categoria chegando a 89.1% dos lares com presença de animais. No entanto, os segmentos de alimentação Húmida e os Snacks são os únicos que conseguem ganhar compradores neste ano móvel de 2016 ao tornarem-se mais atrativos.

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Aumenta procura de produtos premium para gato

Os cães adultos e os de porte grande são de forma geral os companheiros preferidos dos lares portugueses. No entanto, quando olhamos para os dados evolutivos, são os cães Mini quem mais está a entrar nestes lares face aos anos anteriores e, além disso, os que conseguem fidelizar. Serão questões de modas ou, talvez, de conveniência, mas o target dos adultos sem filhos representa já 28% dos compradores de alimentação de cão mini.

Os Snacks para cão tornam-se a fonte atual de valor da categoria levando mais vezes o shopper à loja, que por sua vez está disposto a gastar mais. No entanto, são as marcas de distribuição que ampliam a sua clientela via estas “recompensas” para cães e conseguem fidelizar o shopper tornando-o mais repetidor. Entretanto, os principais fabricantes apostam pela inovação neste segmento como fonte de diferenciação na luta direta com as marcas dos principais retalhistas. E quando falamos de cuidar do nosso animal de estimação os portugueses ainda preferem marcas de fabricante na alimentação base (Seco + Húmido) mas optam pelas marcas de distribuição quando se trata das recompensas/prémios via Snacks.

Mas, preferir ter um cão ou um gato não é a única diferença, também encontramos diferenças no comportamento do shopper português, que é mais preocupado com o preço quando se trata da alimentação do seu cão, mas é mais dedicado ao segmento premium quando se trata da alimentação do seu gato.

Esta tendência da procura de produtos mais premium para gato pode estar a explicar o aparecimento de sinais de recuperação depois de um início de ano que atingiu valores negativos neste segmento. A recuperação dá-se principalmente via alimentação Seca, onde os principais fabricantes mantêm a luta pelo espaço no mercado. Os lares sem crianças são o target que mais opta por ter os gatos como seu animal de estimação.

Grande distribuição lidera a procura de pet food

Quando falamos de pet food não podemos esquecer as lojas especializadas, assim como as clínicas veterinárias. Embora estas sejam, sem dúvida, importantes na vida dos animais de estimação a verdade é que a conveniência dos donos leva-os à procura de pet food nas lojas da distribuição moderna onde incluem estes produtos juntamente com o resto das compras do lar, e onde de forma regular podem desfrutar das promoções que estas superfícies costumam oferecer.

Os indicadores falam por si, sendo que apenas 7.9% dos lares portugueses comprou pelo menos uma vez no último ano móvel numa loja especializada ou uma clínica veterinária versus 78.7% que o fez nas outras superfícies da distribuição moderna.

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O gasto médio feito (mais 20 euros de diferença), a quantidade média comprada mas, sobretudo, os dias que os donos foram comprar pet food à distribuição moderna (praticamente uma vez por mês) estão longe dos dados das lojas especializadas e clínicas veterinárias.

Sendo que a visita ocasional a estas pequenas superfícies e os hábitos de compra dos donos dos animais faz com que seja realmente difícil que estas lojas possam competir com a grande distribuição. Isto leva a que os fabricantes tenham que reforçar as estratégias de produto e focar os seus esforços de marketing na criação de planos específicos para um shopper pouco interessado em fazer as suas compras com a atenção e recomendação de um especialista.

Finalmente, num entorno onde podemos encontrar mais animais de estimação do que bebés nos lares portugueses, os fabricantes têm aqui uma grande oportunidade de acompanhar esta tendência sendo cada vez mais disruptivos no mercado através da inovação e construírem assim as chaves do seu sucesso.

 

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