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Investimento imobiliário em retalho alcança €400 milhões até setembro

Por a 20 de Setembro de 2016 as 17:21

O mercado de investimento imobiliário comercial em Portugal movimentou até à data (20 setembro) 950 milhões de euros, valor “ligeiramente inferior” a igual período do ano anterior, mas que representa praticamente o triplo do volume médio investido nos últimos dez anos, segundo a consultora imobiliária Cushman&Wakefield.

A aquisição do Campus da Justiça, em Lisboa, por um investidor estrangeiro foi o maior negócio, até agora, de 2016. Os centros comerciais AlgarveShopping e Estação Viana, alienados pelo Sierra Fund à CBRE GIP, e o portefólio de hipermercados Continente, vendido pela Sonae Retail Properties aos britânicos da M&G, constituem os de maior dimensão no setor do retalho.

“Ao contrário da tendência habitual, em que o setor de retalho tem concentrado o maior volume, o segmento de escritórios foi o que maior captação de investimento atingiu, com 46% do total investido, cerca de 440 milhões de euros. O mercado de retalho, no entanto, concentrou também um volume muito significativo de capital, 43% do total, mais de 400 milhões de euros”, destaca a consultora.

A presença “muito representativa” de capitais estrangeiros, que já se vinha a sentir desde 2014, manteve-se em 2016 com uma parcela de 94% do total investido, muito superior à média da última década que se situa nos 44%. “Os investidores provenientes do Reino Unido e França foram os que mais apostaram no imobiliário português, com pesos equivalentes na ordem dos 27%, tendo os franceses atingindo um máximo histórico. Seguiram-se os norte-americanos, que reduziram a sua parcela de 41% em 2015 para 21% do volume, e os espanhóis, com 12% do total investido.

A consultora estima que o mercado de investimento imobiliário comercial possa fechar o ano a ultrapassar a barreira dos dois mil milhões de euros. “Os principais riscos que a atividade de investimento enfrenta em Portugal prendem-se com a estabilidade dos mercados financeiros internacionais – na qual os efeitos pós-Brexit poderão ter um papel preponderante – mas também com questões de estabilidade interna, nomeadamente no que diz respeito ao enquadramento fiscal do imobiliário”.

 

 

 

 

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