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Pais portugueses compram influenciados por pediatras sem ceder a promoções

Por a 28 de Agosto de 2015 as 16:36

bebe.jpgDois em cada três pais escolhem a alimentação dos seus bebés segundo as recomendações de especialistas, em Portugal. Apenas 5% compra sob influência da informação das marcas transmitida através dos anúncios televisivos.

Apenas 7% dos pais decide a alimentação dos bebés em função do preço mais baixo no linear, revela o relatório “Tendências em grande consumo para bebés”, elaborado pela consultora Nielsen.

Para os portugueses, é mais importante a prescrição de especialistas ou a opinião de figuras próximas do que propriamente a informação que lhes pode ser passada pelas marcas. Dois em cada três consumidores com bebés decidem a compra de alimentos de acordo com as recomendações de pediatras.

Para 45% dos consumidores, o fator decisivo passa pelo aconselhamento de familiares e amigos que já passaram pela experiência da paternidade. As recomendações também podem surgir de blogues, opção para 20% dos consumidores, ou de páginas na internet, com 15% das escolhas. Por sua vez, os anúncios televisivos levam a compra de um ou outro produto para apenas 5% dos consumidores.

Infidelidade às marcas de alimentação para bebé

Quase oito em cada dez consumidores afirmam já ter mudado de marcas, o que tem muito a ver com o ‘word of mouth’ e preço, como conclui o relatório. 48% dos pais portugueses mudou por prescrição direta de pediatras e especialistas, enquanto 39% foi desleal ao encontrar artigos de outra marca em promoção.

No entanto, a principal qualidade valorizada pelo consumidor no momento de adquirir um produto de alimentação infantil é o seu valor nutricional (50%), enquanto 45% valoriza a marca em si e a confiança que esta proporciona. Apenas 10% considera as promoções como razão principal para a compra do produto.

Nos casos em que os consumidores costumam usar uma série específica de marcas, 66% decide no linear pela que impactar menos o seu orçamento. Ainda assim, são 27% os que não olham ao preço em nenhum caso e compram o produto da marca que pretendem.

Segundo Maria Paz García, especialista da Nielsen, “a indústria não deve somente demonstrar aos compradores o valor dos seus produtos para os mais pequenos mas, também, a uma ampla rede de fontes de confiança, como médicos e pediatras. A sua opinião é decisiva pois tem uma grande influência nos pais, que a eles costumam recorrer quando se iniciam neste mercado. A qualidade também é fundamental para assegurar a lealdade posterior do consumidor”.

O estudo “Tendências de Grande Consumo para bebés” foi realizado entre os dias 23 de fevereiro e 13 de março de 2015 em 60 países da Ásia-Pacífico, Europa, América Latina, Médio Oriente, África e América do Norte, junto dos consumidores que tiveram um filho nos últimos cinco anos. A análise baseia-se no comportamento dos consumidores com acesso à Internet. As taxas de penetração da Internet variam consoante o país. A Nielsen utiliza um barómetro mínimo de penetração da Internet de 60% ou de 10 milhões de utilizadores para a sua inclusão no inquérito.

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