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Alisuper estuda aberturas mais a norte para evitar quebra

Por a 25 de Março de 2015 as 17:17

A cadeia de retalho alimentar Alisuper, detida pela Aliccop, apresenta novamente dificuldades. Condicionada pela actividade turística da região do Algarve, onde concentra 43 das suas 49 lojas, a rede tem “dívidas a fornecedores e atrasos salarias”.

Depois de ter evitado a falência com o apoio do grupo Nogueira, que saldou uma dívida de 26 milhões de euros ao entrar para a empresa em Fevereiro de 2012, a cadeia de retalho alimentar de pequena dimensão viu os problemas financeiros a acentuarem-se, mais uma vez, no início deste ano, revela o Expresso.

Em 2009, a empresa contava com 81 espaços em actividade, sendo que actualmente o número está reduzido para os 49 espaços, depois do encerramento em Olhão, já durante o presente ano, devido ao “altos valores de arrendamento”.

A Delegação algarvia do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) recebeu, ainda este ano, uma denúncia anónima que dava conta das dificuldades atravessadas pela insígnia e, ao visitar alguns espaços, apercebeu-se de “problemas com fornecedores e atrasos nos pagamentos aos colaboradores”.

Dono do grupo Nogueira, José Nogueira assegura, em declarações à mesma fonte, que a “viabilidade da rede não está em causa”. A concentração da cadeia no Algarve, que regista maior movimento no Verão, faz com que o empresário seja “obrigado a fechar 18 lojas de Setembro a Abril, quando o movimento baixa drasticamente”.

A deflação não é visível nas vendas, que subiram de 2013 para 2014. No último ano, as vendas subiram para os 30 milhões de euros, a partir dos 27,5 milhões registados no ano anterior.

O plano de expansão passa por “abrir lojas mais a Norte” para evitar a ruptura da rede que, à excepção da região mais a sul de Portugal continental, está presente em Cascais, Seixal, Oeiras e Moimenta da Beira.

O banco BPI, segundo o Dinheiro Vivo, considera que as dificuldades da Alisuper poderão levar a um “movimento de consolidação no sector em Portugal, liderado pelas cadeias da Jerónimo Martins e Sonae”. Numa nota de ‘research’, citada pela Resuters, a entidade bancária afirma não estar à espera que a rede “abra novas lojas em Portugal sem fechar algumas no sul. As dificuldades de curto prazo do grupo poderá levar a alguma consolidação no mercado”.

 

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