FMCG Marcas

Exportação representa 30% do negócio da Indústria Carnes do Minho

Por a 5 de Abril de 2011 as 11:47

A Indústria Carnes do Minho (ICM), empresa do grupo Primor, opera em mais de 20 países e factura 60 milhões de euros.  Pedro Pinto, CEO do Grupo Primor, resume, em entrevista, o percurso internacional da empresa com apenas quatro anos de vida

Hipersuper (H.): A ICM facturou, em 2010, 60 milhões de euros. Que balanço faz do desempenho da empresa no ano passado, concretamente no mercado nacional?

Pedro Pinto (P.P.): A economia atravessa tempos particularmente difíceis, quer a nível nacional quer a nível internacional, em virtude da volatilidade verificada nos preços de compra da matéria-prima.

Apesar disso, crescemos em todos os segmentos, tendo sido os mercados internacionais os que mais têm contribuído, com crescimentos superiores a 40%.

H.: Que factores permitiram alcançar o desempenho?

P.P.: A aposta clara na especialização de produto, “o produto certo no mercado certo” e as parcerias efectuadas quer no mercado interno quer no externo. Realço ainda o facto de, ao longo dos últimos anos, a ICM ter-se estruturado com o objectivo de estar presente nos mercados onde existe procura de carne de suíno fresca ou congelada. Existe uma presença constante das nossas equipas nesses mercados, assim como uma adaptação das equipas e unidade industrial de acordo com os mais exigentes standards de qualidade internacionais.

A estes factores junta-se ainda a adaptação que a fileira de empresas que compõe o Grupo Primor – Joaquim Moreira Pinto, têm efectuado com vista à internacionalização das empresas ICM e Primor.

H: Quanto representa a exportação no negócio da ICM?

P.P.: O mercado externo representa cerca de 30% do nosso volume de negócios. O balanço é muito positivo pois, apesar de ser um mercado bastante difícil quer pela sua exigência e competitividade quer pelo número de operadores presentes, a ICM tornou-se em quatro anos uma marca conhecida e respeitada no mercado internacional.

H: Quais as principais conquistas da ICM nos mercados externos?

P.P.: Desde a primeira participação em 2007 na Alimentaria Lisboa, onde apresentámos a marca ICM, que percebemos o elevado potencial da empresa a nível externo. Com o know-how adquirido ao longo dos 50 anos de actividade do Grupo Joaquim Moreira Pinto, sentimo-nos preparados para enfrentar este novo desafio. Volvidos estes quatro primeiros anos, a nossa principal conquista foi referenciar a empresa a nível internacional, sendo reconhecida pela qualidade e profissionalismo.

A ICM foi uma das primeiras empresas do nosso sector em Portugal a obter as certificações de algumas das principais normas mundiais de gestão de qualidade alimentar, tais como a NP EN ISO 22.000:2005, NP EN ISSO 9001/2008, NP EN ISO 14001:2004, a norma alemã IFS e a norma britânica BRC .

H.: Quais os países onde a empresa está presente?

P.P.: Está presente em mais de 20 países, espalhados por quatro continentes, desde a Europa, passando pela Ásia, América do Sul e África.

H: Para que países visam expandir o negócio?

P.P.: Quanto mais exigente for o mercado mais interessante se torna. Temos desenvolvida uma estrutura humana e tecnológica apta a satisfazer os mais difíceis requisitos técnicos e de serviço.

O aliciante nestes mercados é o facto de o preço não ter um papel demasiado preponderante na decisão de compra, sendo sim, mais um dos pontos a considerar, em conjunto com outros, tais como, a especificação do produto, a qualidade e o controlo da matéria-prima, o controlo do processo produtivo, a forma como estão dotadas as unidades industriais, a formação das equipas (a forma como é trabalhada a carne, o rigor como se asseguram os padrões exigidos), a garantia do serviço e os padrões de sustentabilidade da empresa, como os ambientais, os de bem-estar animal e postura social da empresa e do grupo em que está inserida.

H.: E em Portugal, quais os principais objectivos para 2011?

P.P.: O nosso principal objectivo é “colocar o produto certo no mercado certo”, logo a ICM não tem qualquer ambição de liderar o mercado português, mas sim continuar a ser um dos principais operadores do mercado, estabelecendo parcerias “win-win” de modo a construirmos um futuro sólido.

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