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Gastos em FMCG caíram 4,6% em Espanha

Por a 16 de Fevereiro de 2011 as 15:39

Os dados da Kantar Worldpanel para o ano de 2010 em Espanha indicam uma descida de 4,6% face ao anterior, tendo totalizado 4.282 euros por lar. A análise da consultora especializada em Fast Moving Consumer Goods (FMCG) revela que as famílias espanholas gastaram menos 207 euros do que em 2009, excluindo perfumaria, uma quebra que afectou sobretudo os produtos frescos perecíveis, cujo consumo decresceu 4,3%, em volume, e 3,5%, em valor de mercado.

O sector do grande consumo perdeu, assim, pela primeira vez desde o início da crise a sua capacidade de resistência, com uma contracção da procura em 1,1% e uma perda, em valor, próxima dos 3%.

Além da alimentação, a análise indica também uma quebra nos sectores têxtil e no consumo fora dos lares, admitindo que esta quebra se deve ao reduzido ritmo de crescimento de novos lares consumidores, à dimensão das cestas de compra e ao decréscimo na tendência de consumo fora do lar.

Em 2010, segundo dados da Kantar Worldpanel, o sector dos frescos contraiu 1,3 mil milhões de euros, dos quais 9,1% sai directamente do mercado alimentar, substituindo-se apenas 5% por congelados e 4% por outras variedades. A média de quebra nos alimentos frescos situou-se nos 73 quilos por lar.

Embora reconheça que o preço é o factor mais importante para fazer face à crise em Espanha, os analistas da Kantar Worldpanel admitem a existência de um novo consumidor “inteligente” que cresce em todos os sectores. A consultora reconhece que “ainda que existam produtos de baixo preço ou low cost em determinados sectores que triunfam, também é verdade que há os que conseguiram crescer, apesar de preços mais altos, graças à inovação”.

Dos retalhistas, destaque para a Mercadona que aumentou quota de mercado, em 2010, passando a deter cerca de 29,4% do mercado de FMCG espanhol. A Kantar Worldpanel admite, contudo, que os supermercados regionais que oferecem outro tipo de valor, além do preço, como qualidade, proximidade e confiança registam crescimentos.

A análise da consultora conclui que as tendências de consumo mostram que o consumidor está disposta a pagar mais por alguns produtos e que está mais selectivo no que diz respeito às marcas ou categorias que não acrescentam valor.

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