Conselho dos Notáveis

Conselho dos Notáveis

Por a 19 de Janeiro de 2007 as 18:13

 Um balanço relativamente a 2006 e algumas previsões para 2007, foram as primeiras duas questões colocadas ao primeiro Conselho dos Notáveis do jornal Hipersuper deste ano. Além disso, a temática da responsabilidade social nas empresas, a área ocupada pelos centros comerciais em Portugal, a negociação da Compal por parte da Sumol e CGD e a saída do director de enologia da Sogrape foram também abordadas.

1. Com o início de 2007, há que fazer um balanço relativamente ao ano agora terminado. Assim, o ano de 2006:

Foi muito difícil para as empresas portuguesas, quer devido à conjuntura económica internacional, quer por causa das políticas económicas e fiscais adoptadas pelo Executivo, penalizando o desenvolvimento do tecido empresarial nacional 41,3%

Não foi nem mau nem bom. As expectativas já não eram muito favoráveis e por isso trabalhou-se de forma cautelosa, sem correr grandes riscos 23,9%

Foi um ano de transição, em que, dado o esforço que foi pedido pelo Governo, não era possível entrar em loucuras, realizando grandes investimentos sem ter a certeza de que os indícios económicos indicavam uma melhoria 26,1%

Foi um ano excelente para a economia nacional, dado que o “apertar do cinto” também serviu para as empresas planearem melhor o seu futuro 8,7%

2. Por isso, 2007 será um ano em que:

A economia irá melhorar e com isso as empresas portuguesas irão ser beneficiadas com algumas políticas que terão de ser adoptadas com o objectivo de relançar a situação económica portuguesa 28,2%

Dado o mau momento que Portugal atravessou durante os últimos três anos, não será num ano que a economia portuguesa irá recuperar. Por isso, vaticina-se um novo ano de “aperto de cinto” 43,5%

Tudo dependerá da conjuntura internacional e do preço do petróleo que influencia significativamente as economias, principalmente as que estão a atravessar um longo período de quebra 13,1%

Será um ano em que as políticas de exportação terão um papel fundamental no relançamento da economia 15,2%

3. Nas comemorações dos 25 anos da APED foi abordado a temática da Responsabilidade Social nas empresas

É importante as empresas não olharem somente para os lucros, mas adoptarem políticas de responsabilidade junto dos seus colaboradores 69,5%

As empresas estão cada vez mais a focar a atenção nesta questão, dado que o consumidor está atento e pode, inclusivamente, levar ao boicote de determinado produto, se falarmos, por exemplo em exploração de trabalho infantil 17,4%

As empresas portuguesas não possuem massa crítica para efectuarem investimentos nestas áreas 0,0%

As empresas nacionais estão somente a seguir o que está a ser feito nos vários países europeus 13,1%

4. Um relatório da Jones Lang LaSalle a área nacional ocupada por centros comerciais e retail parks aumentou 10% em 2006.

No conjunto dos projectos comerciais (retail parks incluídos), há ainda 850 mil metros quadrados a aguardar licença.

Estamos a caminhar para uma desenfreada construção de espaços comerciais 61,8%

Esta realidade está em conformidade com o endividamento das famílias portuguesas 2,1%

Portugal segue os exemplos aplicados nas maiores economias europeias 8,5%

Ainda existe espaço para a construção de espaços comerciais em Portugal, principalmente nas cidades do interior 27,6%

5. A Sumolis está a negociar com a Caixa Geral de Depósitos (CDG) a aquisição da posição da Compal que está nas mãos do banco estatal.

A Sumolis não possui capacidade para adquirir a Compal 21,8%

Existem outros players, tanto no mercado nacional como internacional, interessados na aquisição da Compal e que poderiam dar uma nova dinâmica à empresa 54,4%

Com a compra da Compal, a Sumolis avançará para o mercado internacional, nomeadamente espanhol, abrindo assim as portas à exportação 15,2%

A CGD não está interessada em vender a Compal, já que o investimento de 284 milhões de euros foi pensado a médio/longo prazo 8,6%

6. O director de enologia da Sogrape, José Maria Soares Franco, responsável entre outros pelo Barca Velha, irá deixar a empresa em Março de 2007.

Essa situação irá ter fortes repercussões na qualidade dos vinhos do grupo 11,3%

Não é por causa da saída de uma pessoa que os vinhos da Sogrape irão sofrer alterações 45,4%

A empresa terá de forçosamente passar por uma reestruturação no departamento de enologia e conseguir não alterar as qualidades dos vinhos produzidos 9,1%

A saída de uma pessoa que liderava o departamento há tanto tempo, até poderá ser benéfica para a Sogrape, trazendo para o mercado um novo responsável com novas ideias e uma leitura diferente de um mercado constantemente em mudança 34,2%

Fonte: Dados recolhidos e trabalhados pelo Jornal Hipersuper; Universo de 69 pessoas, 44 respostas

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