FMCG Marcas

Cortefino cresce 74%

Por a 19 de Setembro de 2005 as 13:03

ed 161 alimentar txt 01

Operando no sector de comércio e transformação de carnes, a Cortefino apostou no segmento das carnes de agricultura biológica desde o ano passado, e com bons resultados. Só no primeiro semestre deste ano, a empresa cresceu mais de 70 por cento e viu a sua marca Pasto Real chegar a todas as grandes superfícies da moderna distribuição.

A Cortefino é uma empresa de capital cem por cento português, cujo negócio assenta no conceito de produtos de origem biológica. «O nosso core business é a carne – de bovino (vitelão e novilho), ovino e suíno (porco preto e porco branco) – que vendemos fresca, em peças ou já fatiada e acondicionada em cuvetes, e processada, caso dos ultracongelados e do fumeiro», explicou Georg Dutschke, director de marketing e vendas da Cortefino. Actualmente, cerca de 70 por cento do negócio da empresa é realizado na venda de carne fresca (dois terços dos quais são comercializados em cuvetes), sendo os restantes 30 por cento ocupados pela carne processada. «A carne em peça é de origem não biológica e vendida sem marca, maioritariamente para talhos e para o canal Horeca, enquanto que a carne embalada é de origem biológica e vendida sob a marca Pasto Real, basicamente, na moderna distribuição», afirmou.

Para já, os resultados são assinaláveis. Só no primeiro semestre deste ano, a empresa viu o negócio crescer 74 por cento. A fábrica de Alcochete, que pode processar 18 mil toneladas por ano, está a utilizar apenas 25 por cento das suas capacidades. Quanto a valores de facturação, Georg Dutschke considerou que «o negócio ainda está na sua fase de implementação», não revelando nenhuma informação sobre esta matéria. Actualmente, a Cortefino possui uma presença alargada nas grandes cadeias de distribuição. «Acreditamos que temos uma capacidade de distribuição importante. Estamos presentes em quase todas as grandes superfícies: Continente, Modelo, Bonjour, Carrefour, Feira Nova, Pingo Doce, lojas Intermarché e El Corte Inglês. Só nos falta o grupo Auchan, onde ainda não vendemos», adiantou Georg Dutschke. Em termos de valor, a empresa aposta em preços cinco a dez por cento acima da carne com Denominação de Origem Protegida (DOP), ou seja, da carne convencional de melhor qualidade, a qual, por sua vez, já é mais cara que a carne fresca corrente.

A Cortefino possui produção própria, mas esta assegura apenas 10% das necessidades da companhia. Os restantes 90 por cento são comprados a produtores de carne de agricultura biológica devidamente certificados – neste caso pela certificadora SATIVA. «Posso-lhe dizer que, hoje, não temos oferta de carne de agricultura biológica que chegue para a procura que temos», avançou o director de marketing e vendas.