Conselho dos Notáveis
Depois de “morta a OPA”, a maioria dos nossos “Notáveis” é da opinião que a Sonae nunca venderia o retalho alimentar em Portugal. Certa é a previsão de que a Jerónimo Martins irá expandir-se para Leste. A limitação dos horários das superfícies comerciais, as expectativas criadas à volta do Essencial da Compal e as 25 melhores empresas para trabalhar em Portugal também foram analisadas.
1.Biedronka já é o principal negócio dentro do Grupo Jerónimo Martins.
Com os resultados obtidos na Polónia, será previsível que a Jerónimo Martins se expanda a Leste. 72.7%
Depois da Ahold ter colocado à venda os seus 49% da Jerónimo Martins, o grupo não terá mais capacidade para se expandir a Leste. 11.4%
Ucrânia e Roménia serão os próximos países alvo da Jerónimo Martins. 11.4%
Seria preferível à Jerónimo Martins concentrar-se no mercado nacional. 4.5%
2. “A OPA morreu”. A dúvida não será esclarecida tão cedo, mas existiam previsões de que, se a OPA vencesse, Belmiro de Azevedo venderia o negócio no retalho alimentar.
Seria previsível uma venda do retalho alimentar por parte da Sonae, de modo a dedicar-se com todas as forças à “nova PT”. 38.6%
A venda do retalho alimentar por parte da Sonae nunca se realizaria. 52.2%
Mesmo com a “OPA morta”, é previsível uma venda do retalho alimentar por parte da Sonae. 9.2%
Não existem compradores no mercado internacional para o negócio do retalho alimentar da Sonae. 0.0%
3. Na lista das 25 melhores empresas para trabalhar em Portugal, no Top 10, não constam quaisquer empresas na área do sector da Distribuição Moderna ou retalho especializado, sendo que em toda a lista apenas 4 empresas desenvolvem a sua actividade no sector alimentar, bebidas e equipamentos.
As empresas do sector da Distribuição Moderna não conseguem cativar as pessoas. 2.4%
Esperar-se-ia que, pelo menos, um dos grandes grupos de Distribuição Moderna conseguisse entrar no Top 25. 53.4%
As condições salariais praticadas na Distribuição Moderna são tão baixas que dificilmente algum dia serão indicadas empresas deste sector. 20.9%
Os grandes grupos da Distribuição Moderna em Portugal possuem coondições para figurar neste Top 25. 23.3%
4. A Associação para a Defesa Ecológica da Galiza (Adega) criticou, recentemente, a decisão do governo português de excluir do regime florestal os terrenos onde a Pescanova pretende instalar o projecto de aquicultura.
Esta é a forma de o Estado conseguir captar investimento estrangeiro para Portugal. 41.8%
Não faz qualquer sentido não trazer investimento estrangeiro por causa da Rede Natura. 4.7%
Esta situação será complicada para o Estado gerir num futuro próximo, dado ter aberto um precedente que qualquer outra empresa quererá obter. 48.8%
O Estado português deveria sofrer penalizações graves por parte da União Europeia por excluir os terrenos da Rede Natura. 4.7%
5. No V Congresso Português dos Centros Comerciais, Ernâni Lopes manifestou-se “frontalmente contra” qualquer limitação uniformizadora imposta aos horários de funcionamento do sector do comércio, considerando-a “uma forma de exercício de puro poder que reduz a concorrência, em vez de a aumentar”.
Não faz qualquer sentido, hoje, em dia, limitar os horários das superfícies comerciais. 75.0%
A limitação dos horários das superfícies comerciais é uma protecção que os pequenos comerciantes possuem. 9.1%
Não é através da abertura dos horários das superfícies comerciais que se aumenta a concorrência. 6.8%
Os horários das superfícies comerciais deverão manter-se limitados. 9.1%
6. Um ano depois do lançamento, o Essencial “superou em duas vezes e meia as expectativas”.
Esta é a prova de que um produto bem pensado e uma estratégia bem delineada tem sucesso em qualquer negócio. 22.7%
Inovação é a palavra-chave para se vencer no mercado e a Compal provou- -o com o “Essencial”. 61.4%
Se o próximo passo da Compal não for a internacionalização do produto, “morrerá na praia”. 13.7%
O “Essencial” é um produto com muito sucesso em Portugal, mas que a nível internacional terá poucas possibilidade de sucesso. 2.2%