IGT e DOC dividem Itália
O sector vitivinícola italiano está em “pé de guerra” por causa das designações DOC e IGT (Indicazione Geográfica Típica). De entre os mais importantes produtores de vinho de Itália existem aqueles que defendem que a designação IGT é a única maneira de fazer evoluir os néctares italianos e outros que são da opinião de que esta designação só virá dividir a “pureza” do terroir.
A designação IGT permite a adição de castas estrangeiras, sendo utilizada maioritariamente nos vinhos da Toscânia com a junção das francesas Merlot e Carbernet Sauvignon aos Chianti Clássicos, criando, no que os italianos apelidam de “Supertuscans”.
A IGT teve um papel fundamental no ressurgimento dos vinhos italianos nas décadas de 80 e 90 do século passado, tendo esgotado a sua função catalisadora de mudança, avançando Piero Palmucci da Montalcinos Poggio di Sotto que «deveremos focar-nos na nossa riqueza vínica, em vez de produzirmos vinhos que são produzidos em qualquer lado».