Destaque Destaque Homepage Homepage Logística Newsletter

Atividade dos portos comerciais fortemente afetada em maio

Por a 15 de Julho de 2020 as 10:20

Porto-de-leixõesA atividade dos portos nacionais foi bastante afetada pela pandemia em maio. Depois do fim do estado de emergência a 2 de maio, os portos de Portugal continental viram, neste período, a sua atividade reduzida em 29% em comparação com maio de 2019, segundo dados divulgados esta quarta-feira pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT).

O acentuar em maio da quebra de carga movimentada é evidenciada quando analisados os números da atividade portuária nos primeiros cinco meses do ano. Neste período, os portos de Portugal continental movimentaram 34,2 milhões de toneladas, o que reflete uma quebra de 9,3% em relação a igual período de 2019.

Entre janeiro e maio, os portos nacionais apresentaram menos 3,49 milhões de toneladas de carga. Para esta diminuição contribuíram os portos de Sines e de Lisboa, com quebras de 9,7% e 23,2%, respetivamente. As descidas equivalem a uma redução de 2,9 milhões de toneladas. Quebras  existiram também em Leixões, Setúbal e Aveiro, de 5%, -6,4% e -4,4%, respetivamente. Por outro lado, os portos de menor dimensão, como Figueira da Foz, Faro e Viana do Castelo, apresentaram um comportamento positivo, com subidas de 12,1%, 27,1% e 1,6%, respetivamente.

“Os portos e as cargas foram claramente penalizados pela crise pandémica que se atravessa e que originou a suspensão e/ou abrandamento da atividade da indústria nacional”, justifica a AMT.

A movimentação global de carga, de resto, ocorreu sobretudo nas operações de petróleo bruto e de produtos petrolíferos em Leixões e Sines, mais uma vez por efeito da pandemia. Os produtos petrolíferos registaram em abril maio, nos portos de Leixões e de Sines, uma descida de 928,9 mt, uma diminuição de 28,1% face ao volume do período homólogo de 2019. “Neste período, verificou-se uma acentuada diminuição da compra de combustíveis nos mercados nacional e internacional, tendo conduzido a um quase esgotamento da capacidade de armazenagem das refinarias de Matosinhos e de Sines, o que levou à suspensão temporária da sua atividade”, explica a AMT.

Nos primeiros cinco meses do ano, o segmento de contentores apresentou um volume total de 1,12 milhões de TEU, uma diminuição de 6,6% face a igual período de 2019. Apesar da queda global, os portos de Leixões e de Setúbal registaram aumentos de TEU movimentado de 3,4% e de 7,9%, respetivamente.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *