Centro de distribuição brasileiro deverá custar 120 milhões

A Agência de Promoção de Exportações e Investimentos do Brasil (APEX) anunciou que pretende abrir o centro de distribuição de produtos brasileiros previsto para Portugal até ao final de Março do próximo ano. A revelação foi feita ontem por Juan Queirós, presidente da Apex Brasil, na conferência de imprensa que deu ontem, no âmbito da Confederação Mundial dos Empresários das Comunidades portuguesas.

A construção da plataforma logística está avaliada em 120 milhões de euros. Apesar de apontar Março como mês previsto para a conclusão, o responsável da Apex explica: «A nossa meta é 31 de Março mas o prazo limite só termina em Junho». No entanto, a localização da construção do centro de distribuição ainda não está definida. O porto de Sines, o de Setúbal e o Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (MARL) são algumas das zonas visitadas pelo responsável, apesar de este ter adiantado que a localização da plataforma «fica a 40 minutos de Lisboa e sete quilómetros para lá da Ponte sobre o Tejo».

O centro de distribuição distingue-se dos demais por estar canalizado para a Península Ibérica, tendo início em Portugal. Pelo menos 51 empresas já se mostraram interessadas até ao momento, que representam 15 sectores de actividade, nomeadamente, cosméticos, alimentos e flores, entre outros.

Ao fim de dois anos, atingida a maturidade do investimento, Juan Queirós espera que o espaço gere um volume de negócios na ordem dos «300 milhões de euros» e que sejam criados entre mil a 1500 postos de trabalho.

Para instalar o centro de distribuição o Brasil exige algumas contrapartidas, sobretudo do ponto de vista fiscal. Entre elas, o conceito de zona franca, de modo a que os produtos só paguem tarifas aduaneiras à saída dos armazéns. No que diz respeito a exigências físicas, a Apex pretende um espaço com três mil metros quadrados e um pé direito de 12 metros, que permita dar guarida ao armazém dos produtos, aos escritórios mas também a um “show room”.