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Centros comerciais representam 38% das vendas do retalho não alimentar em Portugal

Por a 11 de Outubro de 2023 as 15:51

@Pixabay

Os centros comerciais registaram um volume de negócios de 9.770 milhões de euros em 2022, segundo dados divulgados esta quarta-feira no congresso da Associação Portuguesa dos Centros Comerciais (APCC), este ano com o tema “NextGen Retail Ecosystem”.

O setor dos centros comerciais representa 38% do conjunto das vendas do retalho não alimentar em Portugal e contribui com 9% para a receita de IVA, “num total superior a dois mil milhões de euros de IVA gerado em compras em centros comerciais”, disse Duarte Cardoso Ferreira, strategic adviser senior director na CBRE, que apresentou um estudo sobre o impacto socioeconómico do setor do retalho organizado em Portugal.

Nuno Fazenda, secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, adiantou que as vendas dos centros comerciais cresceram 15% no ano passado, em relação a 2019. “Os centros comerciais têm um impacto muito relevante na nossa economia”, considerou.

Portugal tem 173 conjuntos comerciais, que correspondem a uma cobertura nacional de 3,8 milhões de metros quadrados. O setor contribui com 123 mil postos de trabalho diretos e 370 mil indiretos, “o que significa 7% de toda a empregabilidade nacional”, afirmou o responsável da CBRE. Em média, estes espaços recebem 475 milhões de visitas por ano.

Duarte Cardoso Ferreira lembra que ao longo dos anos o setor dos centros comerciais foi-se reposicionando para dar resposta às necessidades dos consumidores. “Nos anos 80, os centros comerciais eram espaços de compras e de convívio. Nos anos 90, passaram a ter uma componente de entretenimento. Em 2010, assumiram-se como espaços de lazer e de experiências e, a partir de 2020, passaram a ser catalisadores de causas das comunidades”.

Este setor quer continuar a crescer, desenvolver-se, inovar e ir mais longe”, afirmou, por sua vez, Cristina Santos, presidente da APCC, ressalvando que o comércio integrado português é uma referência em diferentes mercados e latitudes. “Isso não é por acaso. É pelo modelo de negócio que construímos e que lutamos por preservar”, salienta.

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