Homepage Newsletter Opinião

A questão salarial – expectativas desalinhadas ou efeitos do contexto económico?

Por a 6 de Abril de 2023 as 9:54
Mário Rocha, Senior manager na Hays

Por Mário Rocha, Senior manager na Hays

O salário é o terceiro fator com maior percentagem de insatisfação por parte dos profissionais, tendo aumentado significativamente quando comparado com 2021 – subiu de 52% para 63%, segundo dados do Guia Hays 2022.

No entanto, 48% dos empregadores inquiridos afirmam ter efetuado aumentos entre os 2,5% e os 9,9% e 23% procederam a aumentos em até 2,4%. Já do lado dos profissionais, 37% disseram ter sido aumentados este ano – valor mais elevado desde 2018, tendo aumentado 9% percentuais quando comparado com 2021.

Estes dados mostram-nos que empregadores e profissionais estão, em certa medida, alinhados relativamente aos aumentos salariais efetuados, no entanto, os profissionais mesmo tendo sido aumentados, continuam extremamente insatisfeitos com o mesmo.

Relativamente à evolução salarial dos profissionais em 2022, 55% referiram que o seu salário permaneceu igual – apenas 15% foram aumentados em até 2,4% e 16% entre 2,5% e 9,9%. Além disso, 62% dos profissionais nem sequer pediram um aumento salarial em 2022 e 23% pediram, de facto, um aumento salarial, porém sem sucesso.

No que diz respeito a expectativas salariais para 2023, 31% dos profissionais esperam que o seu salário aumente em pelo menos 10% – em oposição, apenas 7% dos empregadores preveem o mesmo cenário.

Relativamente à negociação do pacote salarial, 36% dos profissionais afirmam ter negociado o seu pacote salarial este ano – mais 5% do que o ano anterior.

No relatório deste ano, os profissionais foram ainda inquiridos sobre de que forma os seus empregadores asseguram a transparência relativamente aos aumentos e níveis salariais – apenas 2% dos inquiridos dizem que são divulgados os salários de todos os colaboradores, 4% dizem que são divulgados os intervalos salariais, 16% dizem que são estabelecidos critérios para haver aumentos salariais. Já 66% dizem que nenhuma das opções se aplica à sua organização e 13% nem sequer têm a certeza se existem parâmetros para garantir a transparência salarial.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *