Destaque Destaque Homepage Distribuição Homepage Newsletter

Impacto de custos da pandemia arrasta Jerónimo Martins para recuo de 36,2% nos lucros

Por a 29 de Julho de 2020 as 18:12
Pedro Soares dos Santos, presidente do grupo Jerónimo Martins

Pedro Soares dos Santos, presidente do grupo Jerónimo Martins

A Jerónimo Martins apresentou no primeiro semestre do ano um resultado líquido de 104 milhões de euros, um recuo 36,2% face a igual período do ano anterior, apesar de as vendas terem aumentado 4,6% para 9,3 mil milhões de euros.

Em comunicado enviado à CMVM, a companhia de retalho informa que esta redução ficou a dever-se ao aumento dos custos operacionais no contexto da pandemia. “Em todas as companhias do grupo registou-se um aumento dos custos operacionais relativos à introdução de novos e mais frequentes procedimentos de limpeza das lojas e dos centros de distribuição, bem como de equipamentos de proteção individual de uso diário para as nossas equipas”, refere a companhia.

“A estes custos acresceu o reforço de provisões para valores a receber e para depreciação de stocks, contabilizados ao nível das outras perdas e ganhos, cujo risco de não realização aumentou substancialmente devido à pandemia. No período dos seis meses a conjugação de todos estes valores estima-se em cerca de 32 milhões de euros”, acrescenta o documento.

Por outro lado, o EBITDA grupo desceu 4,9% para 635 milhões de euros. “Estou consciente de que os próximos meses continuarão a ser duros, mas o sólido desempenho do nosso principal negócio, a robustez do Balanço do grupo e a capacidade de adaptação das nossas equipas reforçam a minha confiança de que saberemos navegar as águas difíceis em que nos encontramos e levar este barco a bom porto, orientados pelas prioridades estratégicas que definimos e com as quais estamos comprometidos”, comenta Pedro Soares dos Santos, CEO do grupo.

Em termos semestrais, as vendas cresceram 4,9% para 9,3 milhões de euros, com um like-for-like (LFL) de 4,2%. Já no segundo trimestre, as vendas cifraram-se em 4,6 mil milhões de euros, uma queda homóloga de 1,3%, com um LFL de -0,7%.

As vendas semestrais da Biedronka subiram 7,8% para 6,5 mil milhões de euros, com 3,3 mil milhões de euros a serem registados no segundo trimestre.

Em sentido contrário, as vendas do Pingo Doce desceram 2,9% para 1,8 mil milhões de euros. Esta descida é atribuída aos limites impostos ao número de clientes junto das lojas.

Na Colômbia, as vendas da Ara cresceram 18,8% para 423 milhões de euros, apesar de a insígnia ter sido penalizada “por uma redução obrigatória de cerca de 30% das horas de vendas devido às medidas de confinamento em vigor”.

No que diz respeito ao Recheio, as vendas diminuíram 14,4% para 400 milhões de euros, reflexo do canal Horeca, que representa 35% das suas vendas, ter estado encerrado até 17 de maio. “Em junho a tendência negativa aligeirou-se, em face de uma abertura muito progressiva das atividades de restauração e hotelaria no país, sendo que, no caso dos hotéis, as reaberturas verificaram-se maioritariamente já no segundo semestre”, refere o documento.

Já a Hebe registou vendas semestrais de 115 milhões de euros, recuando 1,7% face a igual período do ano passado.

Deixe aqui o seu comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *