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Henkel continua aposta em estratégia de aquisições e organiza portefólio até 2021

Por a 6 de Março de 2020 as 12:24

Henkel - Carsten Knobel_1A Henkel pretende continuar a estratégia de fusões e de aquisições, sendo um dos objetivos “expandir sua liderança tecnológica em Adhesive Technologies”, refere a empresa no documento que traça as linhas do novo enquadramento estratégico para o crescimento.

“Os principais critérios para aquisições são disponibilidade, adaptação estratégica e atratividade financeira. A Henkel utilizará o seu forte balanço financeiro para procurar aquisições de elevado impacto”, indica a companhia.

Outro dos pontos salientados no documento diz respeito ao portefólio da Henkel, indicando que a companhia pretende descontinuar algumas marcas até 2021. “A Henkel identificou marcas e categorias com um volume total de vendas de mais de mil milhões de euros, predominantemente nos negócios de consumo, das quais cerca de 50% devem ser desinvestidas ou descontinuadas até 2021”, conforme pode ler-se no documento. A Henkel refere ainda que estará “focada nos seus negócios de consumo com posições líderes de país e categoria, bem como em oportunidades e novos modelos de negócios”.

As linhas estratégias da companhia foram divulgadas no âmbito da apresentação dos seus resultados anuais. “O nosso novo enquadramento estratégico para o crescimento também se reflete na nossa ambição financeira de médio a longo prazo: crescimento orgânico de vendas entre 2 e 4%, crescimento de lucros ajustados por ação preferencial na faixa percentual de um dígito médio a alto, em taxas de câmbio constantes e o nosso foco contínuo na expansão livre de cash flow ”, afirma Carsten Knobel, CEO da Henkel.

A Henkel tem ainda planeado reforçar o investimento para acelerar os processos de inovação. “Inclui uma melhorada abordagem de inovação, como por exemplo, através da expansão do uso de ferramentas e dados digitais para melhores e mais rápidos insights. A Henkel vai potenciar a tomada de decisões em toda a organização ainda mais perto do mercado e alavancar o potencial de inovação aberta e crowdsourcing de ideias, bem como fomentar abordagens ágeis e investimento em incubadoras e centros de inovação”, indica o grupo alemão.

As áreas da publicidade, digital e TI terão um aumento de 350 milhões de investimento em comparação com 2018.

Aumento anémico das vendas

A companhia alemã apresentou em 2019 vendas de 20,1 mil milhões de euros, um crescimento de 1,1% face a 2018. Em termos orgânicos, excluindo o impacto dos efeitos cambiais e dos investimentos ou desinvestimento, as vendas apresentaram-se estáveis nos 0,0%.

O EBIT ajustado foi de 3,2 mil milhões de euros, recuando 7,9% para 3,5 mil milhões de euros. A margem EBIT diminuiu para 16%. “A rentabilidade do grupo foi negativamente impactada pelo aumento dos investimentos em marcas, tecnologias, inovações e digitalização, anunciados no início de 2019. No entanto, o financiamento adicional não foi totalmente utilizado. No total, foram investidos, em 2019, cerca de 50% dos 300 milhões de euros previstos”, refere a companhia alemã no documento com a apresentação de resultados anuais.

A empresa fechou o ano com um lucro líquido ajustado de 2,3 mil milhões de euros, que comparam com 2,6 mil milhões de euros de 2018. A companhia projeta para 2020 um crescimento orgânico de vendas entre 0% e 2% e aponta para uma margem EBIT ajustada de 15%.

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