Distribuição

Dono da Zara compra em Portugal 20% do que vende no Mundo

Por a 14 de Março de 2018 as 15:07

“Portugal representa, em termos de compras de produto, praticamente 20% das compras totais” da Inditex, dono da Zara e Massimo Dutti, entre outras insígnias, revelou o presidente da empresa, Pablo Isla, durante a apresentação dos resultados anuais do grupo.

“Na nossa perspetiva, Portugal tem e vai continuar a ter um papel chave entre os mercados mais relevantes de todo o nosso abastecimento”, sublinhou Pablo Isla, citado pela agência Lusa. Depois de anos a comprar e fabricar principalmente na Ásia, a Inditex adquire agora 60% dos produtos que vende em todo o mundo naquilo que chama “mercados de proximidade”: Espanha, Portugal, Marrocos e Turquia. “Esta produção de proximidade é uma das grandes chaves do sucesso da nossa empresa e claro que vai continuar a ser nos próximos anos”, realçou o presidente da Inditex.

Pablo Isla explicou que a “produção de proximidade” permite, por exemplo, à empresa ter uma “capacidade de reagir” e poder oferecer outros produtos em todo o mundo ainda durante uma campanha em curso.

Em Portugal, o grupo Inditex tinha no final do ano passado 342 lojas com as marcas de Zara (70), Zara Kids (16), Pull&Bear (51), Massimo Dutti(42), Bershka (49), Stradivarius (44), Oysho (36), Zara Home (28) e Uterque (6).

Vendas online valem 10% das vendas totais do grupo

Segundo informação enviada hoje pela empresa galega à CNMV (Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola), no exercício fiscal de 01 de fevereiro de 2017 até 31 de janeiro de 2018, as vendas aumentaram 8,7% para 25.336 milhões de euros e o grupo tinha 7.475 lojas em todo o mundo.

Os lucros alcançaram 3.368 milhões de euros no exercício anual, mais 6,7% do que em 2016. A empresa sublinhou que as vendas ‘online’ aumentaram 41% e são agora responsáveis por 10% das vendas totais do grupo em 2017. “Cada vez é mais importante a venda online” e fazemos isso “com um enfoque integrado com as lojas físicas”, disse Pablo Isla.

Os resultados operacionais (EBIT) cresceram para 4.314 milhões de euros, um aumento de 7% (+12% a taxa de câmbio constante), e a margem bruta foi de 14.260 milhões de euros, 7% superior ao exercício anterior, o que representa 56,3% das vendas. As vendas comparáveis (lojas existentes nos dois últimos exercícios) aumentaram 5% no exercício que terminou a 31 de janeiro último, quando no anterior tinham subido 10%. O resultado antes de impostos, juros, amortizações e depreciações (EBITDA) foi de 5.277 milhões de euros, um aumento de 4% em relação a 2016 (+8% a taxa de câmbio constante).

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