Imobiliário. Investidores de olhos postos em cidades e segmentos alternativos

Depois de ter alcançado cerca de €10 mil milhões em 2016, o volume de capital direcionado ao imobiliário ibérico deverá continuar a crescer em 2017, num ambiente de maior competitividade na compra de ativos, concluíram os investidores e operadores imobiliários presentes no Iberian Property Summit, que se realizou na passada terça-feira em Londres.

O evento reuniu na capital inglesa 150 profissionais do setor imobiliário internacional, incluindo mais de uma centena de “asset managers” e investidores imobiliários, como a Castelake, a CBRE GI, a Blackstone, a AXA REIM ou a Schroeders, entre outros.

Madrid, Lisboa e Barcelona e os segmentos de escritórios, retalho, hotelaria e logística, são ainda o foco principal do investimento imobiliário na Península. No entanto, face ao aumento da procura na região, os investidores equacionam, cada vez mais, adquirir quer ativos localizados noutras cidades ibéricas e em segmentos alternativos. A entrada em projetos de promoção imobiliária como alternativa à aquisição de ativos consolidados de rendimento é uma das possibilidades.

O mercado imobiliário Ibérico “é verdadeiramente vibrante, cheio de oportunidades e, neste momento, realmente interessante”, afirmou Rupert Nabarro, Chairman do evento, fundador do IPD (agora parte da MSCI) e um dos nomes mais reconhecidos da comunidade imobiliária britânica.

O crescimento de ambos os mercados e a recuperação da economia ibérica, confirmada pela análise do economista Daniel Lacalle, são fatores evidenciados pelos investidores, que apontam ainda como positivo o aumento do “ticket” médio das transações, num mercado em que os retornos têm sido sustentados e batem recordes europeus. De acordo com os números apresentados pela MSCI, mesmo apesar dos anos mais desafiantes das economias ibéricas, o imobiliário ibérico devolve aos investidores um retorno médio anual de 7% nos últimos 16 anos.