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A visão dos expositores sobre a Alimentaria & Horexpo Lisboa

Por a 6 de Junho de 2017 as 20:36

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Termina esta terça-feira a feira Alimentaria & Horexpo Lisboa 2017, depois de três dias de promoção da indústria alimentar, do canal horeca e da distribuição. Mais de 600 empresas – a maioria portuguesas – encheram dois pavilhões da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, apresentando mais de 2000 marcas. A organização estima um alcance de 25 mil compradores. Será que o certame correspondeu às expectativas dos expositores? O HIPERSUPER percorreu os corredores da feira à procura da resposta.

Pavilhão 1

Panidor

No centro do pavilhão 1, destaca-se o espaço de cerca de 65 metros quadrados da Panidor, a marca dos produtos de padaria e pastelaria da Panicongelados. Além da zona central para reuniões, no canto do stand está um chefe a confecionar sugestões de apresentações dos produtos da empresa. A linha de livre serviço Homemade Moments está exposta na parede mas são as novidades de pastelaria que mais espaço ocupam. “Representa o nosso mais recente investimento. Inauguramos durante o ano passado, uma nova linha de produção de pastelaria, completamente automatizada”, explica Monica Fernandes, National Account manager da produtora. O investimento foi de “18 milhões de euros” para alargar a oferta de pastelaria.

Na Alimentaria & Horexpo, a Panidor mostra as novidades como os croissantes pré-fermentados, de cereais e chocolate ou o folhado “romeu e julieta”, com goiaba e queijo, de inspiração brasileira, uma vez que a produtora detém também uma unidade de produção no Brasil. Os novos pequenos pães gourmet de hambúrgueres, com cores e sabores variados, também dão nas vistas mas, de acordo com a account manager, o produto rei para a empresa é o pastel de nata. “É sem dúvida o mais vendido para os mercados externos, que já são mais de vinte. No mercado nacional, o pastel de nata concorre a nível de volume de vendas com o pão da avó, que representa o nosso maior volume de faturação e que alavancou o crescimento da Panicongelados nos últimos anos”.

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O foco da Panidor neste momento é a “internacionalização”. O peso das vendas além-fronteiras cresceu “34% nos últimos dois anos”, pesando 15% na faturação da produtora, que não é estreante na feira agroalimentar de Lisboa. Comparando com as edições anteriores, Monica Fernandes nota uma diminuição “quer em termos de expositores quer em número visitantes”.

El Pozo

Ainda no pavilhão dedicado à indústria agroalimentar, a El Pozo, marca “líder” no mercado espanhol de produtos de charcutaria, nota também que a afluência este ano caiu face a anos anteriores, o que para a marca acabou por ser uma vantagem. “Acabou por jogar a nosso favor, uma vez que, como não estão aqui os grandes players do mercado portugueses e nossos principais concorrentes, conseguimos mais atenção dos visitantes”, dá conta Ivan Sacoor, diretor comercial da marca, que já não expunha na feira lisboeta desde 2005. O maior número de contactos feitos destinam-se sobretudo “ao canal horeca”.

A marca está sobretudo a promover a apresentação dos seus produtos em loja, com o objetivo de conseguir uma maior visibilidade juntos dos consumidores portugueses. Neste sentido, no seu stand encontram-se sugestões de lineares personalizados, além das suas mais recentes gamas, as quais mostram propostas mais saudáveis. Vêem-se também os produtos que não necessitam de frio, tornando-se mais convenientes para levar em viagem, por exemplo, ou a gama Artesano, com uma maior percentagem de carne. Esta última estará no mercado dentro de duas semanas “aproximadamente”.

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Masoliver

A também espanhola Masoliver, distribuidora que detém a representação de marcas para mercado ibérico, como a Tang, os sumos e chás biológicos Pfanner, recém chegados a Portugal ou os cereais Jordans, vem pelo segundo ano à Alimentaria Lisboa apresentar os seus produtos. Franceso Tocci, On Trade manager da empresa, nota a falta de algumas grandes marcas portuguesas na feira, como a Super Bock, exemplifica. No mercado nacional há 13 anos, a empresa já comercializa para cadeias como Sonae, El Corte Inglés, Makro ou Recheio, mas veio à procura de novos parceiros que façam chegar os seus artigos a mais distribuidores.

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Santander Fine Foods

Por sua vez, um consórcio de dez produtores de Cantábria, Espanha, está pela primeira vez na Alimentaria Lisboa com a missão de entrar no mercado luso. Os produtos são todos “premium” e vão desde bebidas, como vodka e vermute, a queijos, passando por chocolate,  sobremesas e as anchovas “que caracterizam a região”. Belén González, que pertence à equipa comercial da Santander Fine Foods, explica que as iguarias expostas no stand ilustram uma tendência em crescendo, tanto em Espanha como em Portugal. “As pessoas estão cada vez mais preocupadas com o que comem e querem comprar produtos de qualidade”.

Até ao momento, o objetivo da feira está a ser cumprido. “Já encontramos um bar aqui de Lisboa, no Chiado, que irá começar a que vender o nosso vermute. Temos feito também contactos com negócios interessados nos nossos produtos, não só em Portugal continental, como nas ilhas, concretamente a Madeira. Esperemos que se materializem em negócios”, diz.

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Gourmet Tea Ibérica

Para as empresas expositoras estrangeiras que procuram parceiros portugueses, o certame parece estar a ser proveitoso. Angelo Vettese, diretor comercial da Gourmet Tea Ibérica, dá a entender isso mesmo. Está à procura de infiltrar a marca italiana de sumos saudáveis FoddNess no mercado interno, tendo já recebido “muitas propostas. Estamos a ter uma muito boa aceitação”, verifica. Por outro lado, está a apresentar também a marca Dilmah, “uma das maiores produtoras de chá do mundo”, com origem no Sri Lanka, e que é já distribuída no País pela mão da José Maria Vieira, dona da Torrié. “São duas marcas muito diferenciadoras, porque não são muito típicas no mercado. A FoodNess representa bebidas para a restauração, sem glúten, sem lactose e outras substâncias, para as pessoas que não podem ingerir produtos, e além de granizados e cremes de café, por exemplo, tem também uma linha de bebidas funcionais quentes. Já a Dilmah apresenta um chá fresco, com sabor mais intenso. As pessoas ficam impressionadas quando provam. Além disso, são frescos. Esta empresa controla todo o processo de produção, desde o cultivo à infusão, e não tem stock – produz quando há encomendas”, revela o responsável.

Parmalat 

Já a Parmalat, conseguiu na feira iniciar contactos com mercados de exportação como “Argélia, Espanha ou Inglaterra, sobretudo para a marca de leite com chocolate Ucal”. As novidades que aqui expõe traduzem também conceitos mais preocupados com a saúde, como as natas para bater e o leite sem lactose. No entanto, o mais recente lançamento são os novos sabores de frutas dos néctares Santal, que estão no mercado “há uma semana nos formatos de 200 mililitros e de um litro”, indica Rui Araújo, inspetor de vendas para a grande distribuição da Parmalat.

Pavilhão 2

Neutron

No pavilhão 2 encontram-se fabricantes de vários equipamentos para a distribuição, canal horeca e indústria. São exemplo os produtos de filtragem de ar da Neutron, empresa que escolheu a Alimentaria Lisboa 2017 para participar, pela primeira vez, numa feira de negócios. A produtora de Alverca apresenta uma solução “que mais nenhuma empresa portuguesa fabrica”: os filtros eletrostáticos de ar. Bruno Esteves, gestor de produção, faz um balanço positivo da feira, que permitiu efetuar cerca de “meia centena de contactos”.  A Neutron fatura em média “meio milhão de euros por ano”.

DS Smith

Por sua vez, a DS Smith, dedicada ao packaging e displays para o ponto de venda, está presente na exposição para “reforçar a sua imagem no mercado nacional, depois de ter adquirido as empresas com produção no País P&I Displays e Gopaca no final de 2016, dá conta Joana Gonçalves, Planning Manager.

Gresilva

Mais à frente, a Gresilva vai apresentando os seus novos produtos como o novo grelhador de rodízio para restaurantes. “Os expositores e visitantes não são tantos como em outras edições, no entanto, os que aqui chegam mostram-se mais interessados e dispostos a conhecer os nossos grelhadores”, denota Ana Bela Duarte, do departamento de exportação, da produtora que detém a filial na Maia (Porto) e unidade fabril em Almargem do Bispo, em Sintra. Por outro lado, do programa Hosted Buyers, através do qual a organização convidou cerca de 80 negócios internacionais para conhecer os produtores a expor na Alimentaria Lisboa, chegaram ao stand da Gresilva “apenas dois visitantes identificados”.

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