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Confiança de investidores em Portugal faz rendas de imóveis dispararem em 2016

Por a 14 de Dezembro de 2015 as 13:01
Indice de ocupantes

Índice de Confiança Global (RICS)

Portugal manteve no 3º trimestre de 2015 “um índice de confiança positivo”, no que diz respeito à recuperação da economia nacional que se “mantém em ascensão há cerca de 18 meses”, revela a organização profissional global RICS.

O Índice do Imobiliário Comercial Global da RICS monitoriza, trimestralmente, as tendências do mercado imobiliário comercial, na ótica de investidores e ocupantes, através de questionários enviados a cerca de 1300 empresas a nível mundial.

O estudo indica que entre julho e setembro a economia portuguesa regista um dos maiores índices de confiança no segmento do investimento imobiliário, a nível mundial. Neste indicador, as melhores prestações são a de Portugal, Irlanda e Japão, em contraponto com o mercado russo e o brasileiro, cujas condições continuam progressivamente a degradarem-se. Também a China e vários mercados asiáticos revelam fraquezas crescentes.

Confiança

Indíce de confiança dos Ocupantes em Portugal (RICS)

Em relação ao mercado imobiliário nacional, o Índice de Confiança dos Ocupantes registou 42 pontos percentuais e o Índice de Confiança dos Investidores aumentou para os 48 pontos percentuais no terceiro trimestre deste ano.

Enquanto o nível de procura de espaços no setor industrial português cresceu “de forma moderada”, o nível da procura nos segmentos de escritórios e retalho aumentou “consideravelmente” no período de referência. Por outro lado, a “taxa de disponibilidade diminuiu”, assim como o “valor dos incentivos atribuídos pelos proprietários”. Este “desequilíbrio entre procura e oferta” leva a prever um aumento das rendas no próximo ano, sobretudo nas rendas ‘prime do retalho e dos escritórios, que terão um “crescimento considerável”.

A RICS diz que os preços de energia mais competitivos e a quebra na taxa de desemprego levaram ao “aumento do índice de confiança dos consumidores” em Portugal. No mercado laboral, as reformas efetuadas trouxeram “maior agilidade e um reforço na procura” por partes dos negócios que já operam em território nacional. No entanto, as empresas exportadoras ainda encontram, segundo a organização, “dificuldades em escoar produtos”, uma vez que as relações comerciais com os países emergentes são “mais débeis do que com os países da zona euro”.

RICS

Indicador de valor imobiliário por País (RICS)

A melhoria dos dados económicos, aliados à melhoria na obtenção de crédito, “têm captado a atenção dos investidores, tanto nacionais como internacionais”, o que reforça a previsão para 2016 de subida das rendas em todos os setores.

Os investidores nacionais e internacionais têm estado “muito ativos” em todos os segmentos do mercado imobiliário, porém os estrangeiros têm dominado os investimentos e reforçado a sua presença em Portugal “principalmente neste último trimestre”. A oferta de produto para venda não sofreu oscilações no segmento industrial, mas decaiu no mercado de escritórios e de retalho.

Apesar de esta ser a “maior recuperação do mercado imobiliário desde 2014”, a maior parte dos inquiridos (92%) afirma que o mercado imobiliário está subavaliado, o que faz de Portugal um mercado com potencial de crescimento e de valorização.

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