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Estudo: Conteúdos com informação acerca da marca são os que mais levam à compra

Por a 10 de Março de 2015 as 16:40

O “Wave 8 – A Linguagem dos Conteúdos”, estudo global da agência UM sobre media social, analisa as verdadeiras motivações que levam os consumidores a partilharem conteúdos. As conclusões apontam que as ‘selfies’ são uma forma de narcisismo.

Realizado em 65 países, o Wave 8 revela o poder dos conteúdos como uma nova forma de partilha rápida de mensagens, apontando três ideias-chave a considerar pelas marcas nas estratégias:

– Customização: as marcas devem customizar os conteúdos ao target a que se dirigem.

Wave 8 revela que as motivações para partilhar conteúdos variam em função da categoria de produto, do mercado geográfico e das caraterísticas demográficas do target. Este conhecimento é essencial para que as marcas possam criar conteúdos relevantes para o seu target.

– Valorização: as marcas devem compreender a diferença entre os conteúdos que os consumidores valorizam, os conteúdos ‘campeões de views’ e os conteúdos que os consumidores partilhariam.

Existem diferenças: no caso dos portugueses, os conteúdos que dizem mais valorizar são os que lhes ensinem algo acerca da marca, enquanto estarão mais propensos a partilhar conteúdos que possam ser úteis aos outros. Já a nível global, os conteúdos de entretenimento surgem como os mais partilháveis.

– Relação emocional: ao partilharmos determinado conteúdo, estamos a passar uma mensagem acerca de nós próprios, pelo que o conteúdo fica associado à nossa própria reputação online. Esta ligação emocional entre consumidores e conteúdos pode agir em prol da construção do goodwill das marcas.

A agência auscultou mais de 50 mil inquiridos, 500 dos quais em Portugal para a oitava edição do estudo, concluindo que “existem cinco necessidades básicas que os consumidores procuram satisfazer online: aprendizagem, relacionamento, entretenimento, progressão e reconhecimento”, segundo Pedro Batista, Director-Geral da agência. As necessidades foram apreendidas nas respostas dos inquiridos, divididas em categorias como viagens, entretenimento, alimentos, vinhos, cuidados pessoas, saúde e bem-estar, tecnologia de consumos, dispositivos ou serviços móveis.

Na área alimentar, 31% dos portugueses valoriza o facto das marcas proporcionarem conteúdos que os ajudem na utilização dos produtos. Nesta categoria verifica-se que a necessidade de aprendizagem surge como a mais premente, que os consumidores procuram satisfazer online.

Na categoria Viagens, o estudo UM revela que 33% dos inquiridos portugueses valorizam acima de tudo conteúdos que os ajudem a satisfazer os seus interesses. Verifica-se assim que os consumidores valorizam conteúdos que os ajudem a satisfazer a necessidade de entretenimento nesta categoria.

O Wave 8 revela ainda diferentes hábitos de partilha consoante a nacionalidade. Os Indianos são os que mais partilham, com 88% a mencionarem a partilha de conteúdos acerca de bens ou serviços que compraram, pelo menos uma vez por mês, enquanto 78% de portugueses o dizem fazer.

Sobre a confiança ou não nos bloggers ou nas respectivas opiniões sobre produtos e serviços, 32% dos inquiridos portugueses e 46% dos inquiridos no resto do mundo confiam nos bloggers e suas opiniões. Em Portugal, entre o estudo Wave 6 e o Wave 8, a confiança decresceu 20% enquanto que no resto do Mundo cresceu 12%.

O estudo revela ainda que 32% dos jovens portugueses, entre os 15 e os 24 anos, afirma que “adoraria ficar famoso online”. No resto do mundo este número sobe para 43%.

Quando questionados sobre o uso de uma Rede Social Profissional, 70% dos inquiridos portugueses revelam já o ter feito pelo menos uma vez, enquanto no resto do mundo são 63% dos inquiridos a responder positivamente.

Ao fornecerem diferentes tipos de conteúdos aos consumidores, as marcas despoletam também diferentes tipos de respostas. A título de exemplo, de modo transversal a todas as categorias, os conteúdos de entretenimento são os mais adequados para tornar uma marca desejável, enquanto os conteúdos que forneçam mais informação acerca da marca estarão mais aptos a encorajar a compra. “O conhecimento desta matriz é determinante para que as marcas alinhem as estratégias de social media com os objectivos de comunicação preconizados”, conclui Pedro Batista.

 

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