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Já conhece a nova Comissária Europeia para o Comércio?

Por a 13 de Novembro de 2014 as 11:57

Foram as causas humanas que levaram a nova Comissária Europeia para o Comércio a seguir a carreira política internacional. A pasta do Comércio foi entregue por Juncker a Cecilia Malmström, que quer promover a união entre os europeus

O Parlamento Europeu (PE) aprovou a 22 de Outubro, em Estrasburgo, a “Comissão Juncker”, com 423 votos a favor, 209 contra e 67 abstenções. Os trabalhos iniciaram-se no início de Novembro. Sucedendo a José Manuel Durão Barroso, que esteve dez anos na presidência do ‘executivo comunitário’, Jean-Claude Juncker lidera o novo mandato da Comissão Europeia, que conta com nove mulheres e 19 homens, e está organizada com seis vice-presidentes, que orientam equipas de projectos, coordenando o trabalho de vários comissários.

Para a pasta do Comércio foi destacada a sueca Cecilia Malmström, ligada à política liberal, e com um extenso portefólio de acções nas áreas do tráfico humano, migrações e segurança, combate ao crime organizado, terrorismo, cyber crime e corrupção na Europa. Desde Fevereiro de 2010 que a política está no comando das operações europeias no combate contra o crime internacional e tráfico humano, incluindo a liderança pela cooperação policial. Dos Assuntos Internos passa agora para o Comércio, com conhecimento de causa sobre os problemas que acontecem nas fronteiras e os entraves à passagem livre de produtos.

Mulher de sete ofícios

Nascida em 1968, na Suécia, Malmström já passou pelo Governo do país de origem, ligada ao Partido Liberal, do qual foi Vice-Presidente. Estudou literatura, arte e ciências sociais e, antes de ser política, foi professora, tradutora, e trabalhou também na unidade psiquiátrica do Hospital de Gotemburgo. Passou parte da sua infância em França e o momento em que os pais a levaram numa viagem pela Normandia, para ver os cemitérios onde estão enterrados os soldados da Segunda Guerra Mundial, foi um dos mais marcantes da sua vida, que lhe mostrou algo para lutar contra, no futuro. O interesse pela política despertou mais ainda quando conheceu Blanca, em Barcelona, e a amiga lhe confidenciou que, em criança, se escondia na adega para cantar músicas infantis catalãs, já que o país vizinho vivia a Ditadura Fascista de Franco. Resolveu, então, tirar o doutoramento em Ciência Política, na Universidade de Gotemburgo, onde trabalhou como investigadora das políticas europeias. Mais tarde, em 1999 tornou-se membro do Parlamento Europeu, onde permaneceu até 2006. Nesta data, depois das eleições nacionais na Suécia, foi apontada como ministra para a União Europeia, assumindo responsabilidades em questões como o Tratado de Lisboa, a estratégia europeia para o crescimento e desenvolvimento e para a revisão do orçamento europeu.

Livrar a Europa das barreiras

A comissária reconhece que “o comércio é uma parte vital para a recuperação económica europeia e a pedra angular para a prosperidade, construída por pessoas e nações capazes de trocar conhecimento entre si”. Preocupada com as questões humanas que a actividade política envolve, a nova comissária defende que o comércio não se trata só da arbitragem das trocas entre fronteiras, mas também envolve um compromisso para “tornar as pessoas mais próximas umas das outras”. A responsável pela pasta comercial defende ainda que a Europa “tem muito a ganhar ao livrar-se das barreiras e prosseguir com a abertura a novos mercados”, medidas que considera trazerem benefícios para o corpo operário europeu, assim como para os consumidores, empresas e parceiros estrangeiros do “velho continente”. Para a liberal, a pasta que agora lhe é confiafa está cheia de “desafios interessantes” e, por agora, vai focar-se na “preparação para a audiência do Parlamento Europeu”.

 

 

 

 

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