Investimento em imobiliário de retalho cai 60% no trimestre

O investimento em imobiliário de retalho na Europa, no primeiro trimestre do ano, caiu 60% face ao período homólogo, revela a Jones Lang LaSalle.

Numa análise preliminar, a consultora dá nota que o investimento rondou os 3,8 mil milhões de euros, um decréscimo significativo face aos 9,9 mil milhões de euros registados no primeiro trimestre de 2011.

O período foi marcado pela ausência de transacções de grande dimensão, contrariamente o que sucedeu no primeiro trimestre de 2011, que contou com cinco operações acima dos 500 milhões milhões de euros.

Concretamente em Portugal, “não se registaram operações de referência no mercado de retalho e a última operação referente à venda de um centro comercial ocorreu em 2010”, sublinha Pedro Lancastre, Diretor-Geral da Jones Lang LaSalle, acrescentando que “os primeiros meses de 2012 têm dado sequência à fraca actividade de investimento em retalho que se verificou no ano passado, em que o volume total transaccionado não superou os 66 milhões de euros”.

Apesar de existem “bons activos de retalho para transaccionar no nosso mercado, os compradores estrangeiros, que tradicionalmente eram os protagonistas nestas operações de grande dimensão, resistem em investir volumes elevados no nosso País, tendo em conta que, quer a conjuntura económica quer a incerteza no consumo, afectam as vendas dos lojistas e, consequentemente, põem em causa o rendimento dos centros comerciais”.

Apesar dos volumes de investimento estrangeiro serem reduzidos, em termos geográficos, a Alemanha e o Reino Unido continuam a concentrar grande parte da actividade de investimento na Europa.

“Esperamos que os volumes de investimento recuperem no segundo trimestre e no resto do ano, em particular na Alemanha, na Polónia e nos Países Nórdicos, que exibem indicadores de mercado mais sólidos e maior dimensão de mercado de investimento”.