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Carrefour perde cada vez mais peso face à Wal-Mart

Por a 26 de Outubro de 2011 as 15:39

Depois do Carrefour ter lançado recentemente um “profit warning” sobre os seus resultados, alguns analistas fizeram contas e concluíram que o segundo maior retalhista mundial e líder na Europa está cada vez mais distante do topo. Este caminho descendente teve início em 2007 e, se o retalhista francês que já olhou de igual para igual com a norte-americana Wal-Mart, viu o seu valor reduzir-se em 470 milhões de dólares (cerca de 340 milhões de euros).

Os norte-americanos que começaram a sua expansão internacional em 1990 tinham, na altura, o Carrefour como principal rival vêm hoje o seu rival com problemas em praticamente todos os mercados. O facto da companhia francesa ter tido de mudar altos cargos quatro vezes nos últimos 12 meses e ter tido à frente dos seus destinos três CEO’s diferentes nos últimos sete anos, reflecte um pouco do desnorte do retalhista.

Detendo praticamente os mesmos pontos de venda (cerca de 10.000), as receitas internacionais da Wal-Mart ultrapassam os 109 mil milhões de dólares (cerca de 78 mil milhões de euros), enquanto o Carrefour obtém cerca de 82 mil milhões de euros das receitas nos mais diversos mercados.

Contudo, as margens do retalhista norte-americano foram de 7,5% nos últimos anos, enquanto os franceses não foram além dos 5,5%. Isto levou a que o lucro líquido da Wal-Mart, no ano passado, ultrapassasse os 7,8 mil milhões de dólares (cerca de 5,6 mil milhões de euros), enquanto o Carrefour ganhou, no mesmo período, apenas 1,260 mil milhões de dólares.

A chave, dizem os analistas, tem sido o modelo de expansão, com a Wal-Mart a demonstrar um cuidado maior, tendo assente o negócio nalguns países, como México, antes de fazer o salto para o resto da América Latina ou Ásia. E fê-lo desta maneira porque podia, concluem os mesmos analistas, apontando o grande mercado doméstico como base de apoio, maior que a França para o Carrefour. O retalhista francês, por sua vez, foi vítima da mudança nas tendências na Europa, mercado onde se impõem lojas de menor dimensão e acessíveis ou cadeias de desconto.

As contas dos analistas concluem que, até ao presente momento de 2011, o Carrefour perdeu 32% do seu valor e desde Dezembro de 2007, esse valor já vai em 61%. Em contrapartida, a Wal-Mart subiu 9,5% desde Janeiro e, desde o início de 2008, o seu valor aumentou em 21%.

 

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