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Firmo às compras em Portugal e no Brasil

Por a 30 de Setembro de 2011 as 11:31

A aquisição de empresas na área da distribuição é a estratégia da empresa portuguesa de material escolar Firmo para consolidar a presença no nosso país e internacionalizar a actividade para o Brasil.

 

Até ao final de 2012, a fabricante do emblemático caderno de capa preta Firmo quer operar o mercado brasileiro, concretamente a região Sul. São Paulo, Santa Catarina, Florianópolis e Rio Grande Do Sul, onde habitam 60 milhões de consumidores, constituem “mercados férteis e com forte potencial”, explica em entrevista ao Hipersuper Rui Santos Carvalho, administrador da Firmo. Apesar de planear a aquisição de distribuidoras, o empresário ressalva o interesse na “constituição de parcerias com distribuidores locais”.

Em Portugal, a empresa portuense lidera o mercado grossista de artigos de papelaria, com 25% de quota, mas quer chegar aos 40%. “Estamos a avaliar novos projectos de crescimento no mercado interno, pela via da concentração, embora ainda não tenhamos projectos em mão”.

A história da Firmo tem início no Porto, em 1951. Fundada pela família Santos Carvalho, a produtora e distribuidora de material de papelaria e escritório cedo prospera e alcança os píncaros. Apesar de ter estado nos últimos dez anos integrada no grupo francês Antalis, o destino estava traçado e, em Março deste ano, regressa às mãos do clã fundador. A empresa é adquirida pelo Grupo AVS – Envelopes e Papelarias, holding detida pela família Santos Carvalho, cujos accionistas maioritários são Miguel e Rui Carvalho. É tempo de fazer renascer a Firmo das cinzas. “A estratégia passa pelo relançamento e aumento da notoriedade da marca, com forte aposta no marketing, publicidade e comunicação”.

 

Exportar mais

Para tirar partido do regresso às aulas, uma das épocas do ano mais competitivas neste negócio, a empresa lançou uma campanha que traduz a nova estratégia, com a assinatura “Todos temos um papel”. “A campanha já está a ter reflexo nas vendas actuais. A nossa ambição é consolidar este efeito no futuro”.

Ainda sob a batuta da francesa Antalis, a Firmo facturou 24 milhões de euros em 2010. O portefólio da empresa que abastece apenas o mercado grossista soma 6.500 referências que integram duas divisões – escolar e escritório – cujo peso se divide em partes iguais nas contas da empresa. O produto estrela e também o mais vendido é o caderno de capa preta, certamente ainda na memória de muitos portugueses.

A marca é fornecida nos cash&carry que a empresa detém em Alfragide e no Porto. O consumidor final tem acesso aos produtos nas grandes superfícies, supermercados e papelarias.

A exportação representa 10% do volume de negócios. Na Europa, está presente em Espanha, Irlanda, Inglaterra e Holanda, países que compram sobretudo transformados de papel da unidade industrial da empresa. Localizada em Vila Nova de Gaia, tem capacidade para produzir mais de 10 mil toneladas. Fora da Europa, vende em Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. “Em 2011, a exportação deverá representar 15% do volume de negócios”, estima Rui Santos Carvalho.

Os desafios da nova estrutura accionista, que dá emprego a cerca de 200 colaboradores, são ambiciosos: relançar a marca, consolidar a quota de mercado em Portugal, impulsionar o negócio internacional e ainda “racionalizar a operação logística”.

 

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