Electrónica e têxtil são sectores mais penalizados pela quebra de consumo
O consumo está a cair em Portugal, segundo os dados preliminares da APED. Ana Isabel Morais, directora-geral da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, assegura que o retalho de base não alimentar está a sofrer mais, sobretudo o da electrónica, que regista quebras de 4%, e o têxtil a cair 9%.
O retalho alimentar, por outro lado, tem servido de almofada ao sector e não regista grandes variações. Ana Isabel Morais atribui a performance ao esforço das insígnias de retalho alimentar na oferta de cabazes competitivos que permitem “manter o nível de vida das famílias”.
Questiona sobre a hipotética extinção da taxa intermédia do IVA, admitida ontem por Pedro Passos Coelho, a responsável não esconde a grande preocupação do sector. “Os consumidores já estão a transferir parte dos recursos para a consolidação das contas públicas e a medida vai influenciar o comportamento do sector. Contabilizámos o impacto da medida e estamos em diálogo com o Governo. É preciso cautela porque é necessário contabilizar o impacto no consumo sob pena de em lugar de ter ganho fiscal ter perda de receita fiscal”.